Café: Bolsa de NY estende perdas nesta 3ª feira; negócios continuam travados no mercado interno

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam no campo negativo pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira (10). Apesar do dólar ter caído hoje ante o real, a forte subida dos últimos dias continua pesando sobre as cotações.


O contrato março/15 fechou o pregão com 131,70 cents/lb e o maio/15 anotou 135,05 cents/lb, ambos com desvalorização de 195 pontos. O vencimento julho/15 encerrou a sessão com 138,25 cents/lb com recuo de 185 pontos e o setembro/15 registrou 141,15 cents/lb com baixa de 180 pontos.


Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o fechamento da bolsa foi previsível. “Acredito que o quadro fundamental vai falar mais forte mais dia, menos dia e aí sim vamos ter uma consolidação de dólar em níveis elevados e uma correção em Nova York em curto prazo de tempo. Nas bolsas o mercado está excessivamente vendido e acredito que os grandes fundos internacionais continuem a bater nas cotações e recompras podem ser vistas”, afirma.


Nesta terça, a moeda norte-americana interrompeu a série de seis altas e caiu quase 1% devido a operações de ajustes de portfólio. A O dólar está cotado a 3,1040 reais na venda com valorização de 0,82%. A moeda mais valorizada ante o real encoraja as exportações.


Na segunda-feira, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé) divulgou que a receita com as exportações brasileiras de café acumulada nos dois primeiros meses deste ano registraram um incremento de 41,8% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando US$ 1,130 bilhões.  Foram embarcadas 5.732.606 sacas (verde, torrado & moído e solúvel), contra 5.710.357 em 2014.


Com relação ao clima, mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam tempo mais instável nos próximos dias no cinturão produtivo de café do Brasil levando chuvas para São Paulo, centro e sul de Minas Gerais. No Paraná e parte da região da zona da Mata também podem ser registradas precipitações irregulares.


Mercado interno


As praças de comercialização estão operando em um grande vazio mercadológico, os produtores estão à espera de uma correção dos atuais níveis de preços para voltar as negociações.


O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 528,00 a saca e queda de 0,38%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas-MG com queda de 1,44% e saca cotada a R$ 480,00.


O tipo 4/5 teve maior valor em Franca-SP com saca cotada a R$ 470,00 – estável. A maior variação no dia ocorreu na cidade de Guaxupé-MG que teve queda de 18,80% com saca cotada a R$ 419,00.


Para o tipo 6 duro, as cidades com maior valor de negociação foram Patrocínio-MG e Franca-SP, ambas com R$ 460,00 a saca e alta de 2,22% na primeira e preço estável no município paulista. A oscilação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas-MG com baixa de 7,03% e saca cotada a R$ 410,00.


Na segunda-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 1,53% e está cotado a R$ 435,25 a saca de 60 kg.


Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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