Café: Bolsa de NY cai nesta 2ª feira pela terceira sessão seguida; Volcafe estima colheita de 51,9 mi scs no Brasil

As cotações do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda nesta segunda-feira (4) em mais uma sessão de intensa volatilidade. Nas últimas semanas esse cenário tem se repetido frequentemente. Os futuros, inclusive, chegaram a oscilar nos dois campos durante o dia de hoje buscando direcionamento após a queda na sessão anterior.


O vencimento maio/15 anotou 131,85 cents/lb com queda de 160 pontos, o julho/15 registrou 132,90 cents/lb com desvalorização de 130 pontos. O contrato setembro/15 teve 135,65 cents/lb com com baixa de 125 pontos e o dezembro/15 fechou o dia com 139,50 cents/lb e 130 pontos de recuo. Essa foi a terceira sessão seguida no vermelho com as cotações mais baixas desde 16 de março.


Segundo informações que partem de agências de notícias, na sessão de hoje a valorização do dólar ante o real e outras moedas pesou sobre as cotações. Com isso, o mercado acredita em ganho de potencial competitivo para o Brasil nas exportações.


Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, vale ressaltar que as recentes baixas em Nova York também estiveram alinhadas a declarações sobre safra brasileira de café ano base 2015/16.


“Números divulgados por uma grande casa importadora na Europa dão conta de que o Brasil poderá colher acima de 51 milhões de sacas, produção acima da colhida em 2014/15. Sinceramente, não é crível acreditar numa divulgação desta já que o Brasil teve em 2014 um clima totalmente irregular em MG e um verão totalmente atípico no ES”, explica o analista.


A Volcafe divulgou em seu mais recente relatório que a estimativa de produção para a safra de café do Brasil em 2015/16 é de 51,9 milhões de sacas de 60 kg.


A divisão de café da trading ED&F Man citou que chuvas em fevereiro e março melhoraram as condições das lavouras do País.


Na quinta-feira (30), o Conselho Nacional do Café (CNC) também chegou a se posicionar sobre as recentes estimativas divulgadas por exportadoras privadas. “Esta semana, novas e infundadas especulações a respeito do tamanho da safra brasileira voltaram a emergir, com empresas que sequer possuem representatividade no território brasileiro superestimando os números e os jogando ao vento, com a intenção única e explícita de tentarem depreciar os já apertados preços pagos aos produtores de café no mundo”.


“Infelizmente, não há como combatermos tais especulações, haja vista que o mercado também vive de boatos. Entretanto, o CNC, na condição de representante do setor produtor, alerta a esses players que não confiem em suas próprias estimativas, pois poderão se deparar com um cenário de oferta apertada, pois temos convicção que o Brasil não produzirá além do estimado pela Fundação Procafé, que apontou nossa colheita máxima em 43,3 milhões de sacas”, diz o informativo.


Mercado interno


As praças de comercialização retomaram as atividades nesta segunda após o feriado do Dia do Trabalho. No entanto, os negócios foram poucos mas os preços dos principais tipos de café oscilaram bastante no dia.


O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 505,00 – estável. Foi a única variação no dia dentre as praças.


O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 505,00 a saca – estável. A maior oscilação ocorreu em Franca-SP onde a saca recuou 4,17% para R$ 460,00.


O tipo 6 duro teve maior valor em Araguarí-MG com R$ 460,00 a saca e queda de 2,13%. A maior variação foi registrada em Franca-SP onde a saca está cotada a R$ 450,00 e teve queda de 2,17%.


Na quinta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 2,16% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 435,70.


Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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