Café: Bolsa de Nova York sobe nesta 3ª feira, mas analista acredita que mercado não tem força para romper US$ 1,25/lb

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operaram sem direcionamento definido nesta terça-feira (8), mas fecharam do lado azul da tabela com compras de fundos e especuladores, que recuperaram todas as perdas de ontem.

Por: Por: Jhonatas Simião

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operaram sem direcionamento definido nesta terça-feira (8), mas fecharam do lado azul da tabela com compras de fundos e especuladores, que recuperaram todas as perdas de ontem. Pela manhã, os principais vencimentos exibiam perdas de mais de 100 pontos. No entanto, sem novidades fundamentais para buscar patamares mais altos ou cair ainda mais, o mercado segue repercutindo o câmbio e indicadores técnicos.

Segundo o analista João Santaella, apesar das oscilações, o mercado tem mantido importantes suportes. “Acredito que as cotações devem continuar oscilando entre US$ 1,15 e US$ 1,25 por libra-peso. Somente rompendo a barreira de US$ 1,25/lb é que podemos ver alguma reação mais expressiva”, afirma.

O vencimento março/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 120,20 cents/lb com alta de 155 pontos, o maio/16 teve 121,70 cents/lb com avanço de 80 pontos. Já o vencimento julho/16 registrou 123,60 cents/lb com 90 pontos positivos e o setembro/16 anotou 125,35 cents/lb com valorização de 95 pontos.

Nesta terça-feira, o real voltou a se fortalecer ante o dólar, o que acaba desencorajando as exportações da commodity e dá suporte aos preços do arábica no terminal externo uma vez que as transações são realizadas na moeda estrangeira. O dólar recuou 1,44%, cotado a R$ 3,7389 na venda, menor patamar desde 9 de dezembro (R$ 3,7370).

Nos quatro primeiros dias de março, as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 496,7 mil sacas de 60 kg, com receita de US$ 72,5 milhões. Comparando a média diária do mês passado (140,5 mil sacas de 60 kg), com a registrada agora (124,2 mil sacas), há uma queda de 11,60%. Os dados foram divulgados na segunda-feira (7) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Vale lembrar que nas últimas sessões o mercado tem repercutido bastante indicadores técnicos e informações no cenário macroeconômico. Todas as variáveis fundamentais que poderiam influenciar nas cotações já foram precificadas pelos operadores.

A safra 2016/17 do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, tem desenvolvimento regular nas principais áreas produtoras devido às condições climáticas mais favoráveis nesta temporada. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), a colheita em algumas regiões pode ser antecipada. Analistas acreditam que essas informações também acabam sendo um fator de pressão aos preços uma vez que as expectativas de desequilíbrio entre oferta e demanda acabam sendo minimizadas.

Mercado interno

Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado físico brasileiro permanece com curta liquidez e preços nominais, independente do dólar e oscilação nas bolsas.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca e baixa de 1,82%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,88% e saca cotada a R$ 541,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 538,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,41% e saca valendo R$ 493,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi em Franca (SP) com queda de 2% e R$ 490,00 a saca.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em alta nesta terça-feira, após ficarem praticamente estáveis nas últimas sessões. O contrato março/16 registrou US$ 1371,00 por tonelada com alta de US$ 7, o maio/16 teve US$ 1410,00 por tonelada e avanço de US$ 16, enquanto o julho/16 anotou US$ 1441,00 por tonelada com valorização de US$ 16.

Na segunda-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 356,02 com queda de 0,66%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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