As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) perderam parte dos ganhos registrados na sessão anterior nesta terça-feira (23).
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) perderam parte dos ganhos registrados na sessão anterior nesta terça-feira (23). Com isso, os vencimentos mais próximos voltaram a fechar abaixo de US$ 1,20 por libra-peso. O mercado sentiu a pressão do câmbio e ajustes também foram realizados.
O vencimento março/16 encerrou a sessão cotado a 117,80 cents/lb com baixa de 205 pontos, o maio/16 teve 119,25 cents/lb com recuo de 135 pontos. Já o contrato julho/16 registrou 121,00 cents/lb com desvalorização de 130 pontos, enquanto o setembro/16 anotou 122,50 cents/lb com 135 pontos negativos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as cotações do arábica recuaram na sessão de hoje em movimento de realização de lucros. “Os investidores de uma forma geral se aproveitaram das recentes e sadias volatilidades e resolveram expurgar um pouco da gordura especulativa, e desta forma, leves baixas acabaram saindo prevalecidas”, afirma.
O dólar comercial encerrou a sessão desta terça-feira cotado a R$ 3,9627 na venda com alta de 0,32% acompanhando a volatilidade nos preços do petróleo e as incertezas políticas e econômicas do Brasil. A moeda estrangeira mais valorizada em relação ao real acaba encorajando as exportações da commodity e os operadores no terminal externo derrubam os preços.
De acordo com agências internacionais, as expectativas de uma grande safra 2016/17 de arábica no Brasil também acabam contribuindo para derrubar as cotações, uma vez que não haveria chances de um desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado.
No cinturão produtivo do Brasil, os relatos são de que a safra que deve começar a ser colhida mais cedo nesta ano tem se desenvolvido bem. De acordo com mapas da Somar Meteorologia, espera-se até sábado uma condição climática tipicamente tropical com calor e pancadas de chuva durante as tardes no Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais. Já no domingo, o acumulado de chuva volta a aumentar nestas três áreas.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil, os preços do café seguem firmes e descolados do referencial externo. Segundo analistas, o volume de negócios está baixo e os preços aquém das expectativas dos vendedores.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 554,00 e queda de 0,54%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,57% e saca cotada a R$ 531,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 554,00 a saca e baixa de 0,54%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Espírito Santo do Pinhal (SP), Franca (SP) e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca e preço estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com recuo de 0,59% e saca a R$ 507,00.
Na segunda-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 494,61 com alta de 0,62%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, recuaram forte nesta terça-feira acompanhando Nova York. O contrato março/16 registrou US$ 1359,00 por tonelada e queda de US$ 21, o maio/16 teve US$ 1396,00 por tonelada e recuo de US$ 22, enquanto o julho/16 anotou US$ 1428,00 por tonelada e desvalorização de US$ 19.
Na segunda-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 394,94 com queda de 0,93%.
Fonte: Notícias Agrícolas