Café: Bolsa de Nova York reduz perdas nesta tarde de 2ª feira, mas segue com baixa moderada
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) reduziram um pouco as perdas da manhã, mas seguem em baixa. Cerca de 200 pontos nos principais vencimentos. O mercado recua em ajustes técnicos depois de registrar valorização de mais de 2% na semana passada e o vencimento setembro/17 testar máximas de 10 semanas com suporte do financeiro e informações sobre a safra do Brasil.
Por volta das 12h10 (horário de Brasília), o contrato julho/17 registrava 131,20 cents/lb e queda de 70 pontos (fechamento da sessão anterior), o setembro/17, referência de mercado, estava cotado a 134,70 cents/lb com queda de 185 pontos. Já o vencimento dezembro/17 caía 185 pontos, a 138,25 cents/lb, e o março/18, mais distante, tinha desvalorização de 200 pontos e estava sendo negociado a 141,60 cents/lb.
“As bolsas internacionais operam negativas, mercado já precificou as variáveis disponíveis no curto prazo e, assim, ao que parece, teremos um dia sem grandes volatilidades”, disse em seu boletim diário o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Na semana passada, o terminal externo oscilou com suporte importante do financeiro, safra 2017/18 do Brasil e também diante dos temores com geada em algumas origens produtoras do Brasil.
A colheita de café da safra 2017/18 avança no Brasil e estava em 65% até o dia 18 de julho, segundo a Safras & Mercado. Levando em conta a estimativa da consultoria, de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, é apontado que já foram colhidas 33,35 milhões de sacas. No ano passado, no mesmo período, o Brasil tinha colhido 64% da safra e na média dos últimos 5 anos para o período em 63%.
Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o clima mais seco nos últimos dias favoreceu o avanço dos trabalhos no campo. “E o bom avanço dos trabalhos ao longo das últimas semanas elevou a oferta disponível de café no mercado. No caso do café arábica, segue a queixa de uma safra miúda, especialmente no Sul de Minas e em São Paulo”, disse.
No Brasil, por volta das 09h25, o tipo 6 duro era negociado a R$ 450,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 460,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 450,00 a saca. Os negócios permanecem acontecendo de forma lenta, uma vez que os trabalhos de colheita seguem sendo realizados.
Por: Jhonatas Simião