12/08/2015
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda nesta tarde de quarta-feira (12). O mercado corrige tecnicamente a forte alta registrada nas últimas três sessões em meio a incertezas em relação a safra brasileira.
Por volta das 12h30, o vencimento setembro/15 registrava 135,80 cents/lb e baixa de 140 pontos, o dezembro/15 anotava 138,90 cents/lb com recuo de 145 pontos. O contrato maio/16 tinha 142,10 cents/lb com desvalorização de 155 pontos e o maio/16 operava com 144,10 cents/lb e 165 pontos de queda.
Segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a bolsa norte-americana e a londrina operam no campo negativo nesta quarta-feira em realização de lucros ante as recentes altas.
Na sessão anterior, os principais vencimentos na Bolsa de Nova York tiveram valorização de quase 400 pontos e na segunda-feira de cerca de 600. Os operadores passaram a repercutir nas cotações dúvidas em relação a safra do Brasil.
Na sexta-feira passada (7), o CNC (Conselho Nacional do Café) ressaltou em seu informativo semanal que a safra 2015 ficará perto de 40,3 milhões de sacas de 60 kg, ponto mais baixo da faixa da previsão divulgada pela entidade em março. Isso por influência de uma grande incidência de grãos pequenos. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta uma safra total de 44,2 milhões de sacas para esta temporada, sendo 32,9 milhões referentes à variedade arábica e 11,3 milhões à robusta.
O IBGE fomentou ainda mais as discussões com relação ao potencial produtivo do Brasil ao atualizar ontem sua estimativa para a safra do País. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística elevou sua previsão em 800 mil sacas, para 44,2 milhões de sacas de 60 kg, devido a uma maior produção no Estado de São Paulo.
No mercado físico nacional, os patamares de preço conseguiram subir nos últimos dias com o dólar, em alguns casos estão próximos de R$ 600,00. “O produtor está aproveitando essa alta para realizar negócios. A procura está mais focada nos cafés com peneira maior”, disse ontem ao Notícias Agrícolas o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas