Café: Bolsa de Nova York opera em baixa pela quinta sessão consecutiva nesta manhã de 2ª feira

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa nesta manhã de segunda-feira (29) e estendem as perdas das últimas quatro sessões.

29 de fevereiro de 2016 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Por: Jhonatas Simião


As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa nesta manhã de segunda-feira (29) e estendem as perdas das últimas quatro sessões. Com a ausência de novidades fundamentais, o mercado tem oscilado bastante nas últimas sessões acompanhando o financeiro e aspectos técnicos.


“O fechamento dos terminais Londrino e Nova Iorquino não inspira confiança aos altistas e se o dólar americano se valorizar as chances são grandes de vermos ambos mercados fazerem novas mínimas. Os fundos renovando suas apostas nas baixas vão ajudar os comerciais a estenderem suas coberturas do flat-price, uma ótima oportunidade do ponto de vista fundamental que por ora não tem preocupado os participantes que estão vendidos”, afirma o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa.


Por volta das 09h26, o vencimento maio/16 tinha 115,00 cents/lb com baixa de 20 pontos, o julho/16 registrava 117,05 cents/lb com recuo de 10 pontos. Já o contrato setembro/16 tinha 118,85 cents/lb com 5 pontos negativos, enquanto o dezembro/16 operava com 120,75 cents/lb com 20 pontos de desvalorização.


Veja como fechou o mercado na quinta-feira:


Café: Bolsa de NY cai mais de 3% na semana, mas preços no Brasil são sustentados pelo dólar e baixa oferta


Após fecharam praticamente estáveis na semana passada, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram queda acumulada de mais de 3% nos últimos 5 dias. Sem novidades fundamentais que possam mudar o direcionamento do mercado, as cotações têm repercutido nas últimas sessões fatores mais técnicos. No entanto, analistas acreditam que a tendência é de estabilidade para os preços externos uma vez que importantes suportes têm sido respeitados.


Após a alta de mais de 400 pontos na segunda-feira, as cotações no terminal externo completaram hoje a quarta sessão consecutiva do lado vermelho da tabela. Os lotes com vencimento para março/16 encerraram a sessão cotados a 113,00 cents/lb com baixa de 165 pontos, o maio/16 teve 115,20 cents/lb com recuo de 95 pontos. Já o contrato julho/16 fechou o dia cotado a 117,15 cents/lb com 90 pontos de desvalorização, enquanto o setembro/16 registrou 118,90 cents/lb com baixa de 80 pontos.


Segundo analistas, as cotações do arábica na ICE devem continuar oscilando tecnicamente e sendo influenciadas pelas incertezas que pairam no financeiro internacional uma vez que o mercado dá sinais de que todas as variáveis fundamentais já foram repercutidas.


“Os operadores já precificaram que a safra nova será boa para o arábica. Com isso, as bolsas internacionais continuam a trabalhar em estreitas margens. Acho que o mercado não tem força suficiente, salvo fato novo, para romper o patamar de US$ 1,15 e subir acima US$ 1,20/lb”, explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.


Nesta sexta-feira, o dólar comercial chegou a oscilar dos dois lados da tabela e chegou a R$ 3,9306. Mas diante das rolagens de posições e a briga pela formação da Ptax (taxa calculada pelo BC como referência para diversos contratos cambiais), a moeda passou a subir e fechou cotada a R$ 3,9976 na venda com alta de 1,21%. O dólar influencia nas exportações da commodity e acaba sendo mais um fator de pressão para as cotações, uma vez encoraja os embarques.


Para o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o café deve continuar sendo pressionado pelo cenário macroeconômico. “A demanda continua na defensiva, ao não perceber risco no abastecimento. Na cena externa, os embarques do Vietnã andam em bom ritmo. A origem está mais agressiva, buscando não só desovar os estoques remanescentes como se posicionar com a safra a atual, também volumosa. O interesse de Colômbia e Brasil está atrelado ao dólar mais alto”, explica.


Informações da agência de notícias Reuters também dão conta que operadores em Nova York acabam repercutindo, mesmo que em menor intensidade, a perspectiva de uma recuperação na safra do Brasil neste ano.


De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), as lavouras de arábica têm se desenvolvido melhor que na safra passada e, em algumas regiões, a maturação está adiantada. Com isso, os produtores de algumas importantes áreas podem iniciar a colheita já em meados de maio, antecipando a oferta de cafés da nova temporada ainda para o final do primeiro semestre. No geral, os relatos dos produtores são otimistas com o possível aumento do volume e da qualidade dos grãos na temporada 2016/17.


Em relação ao clima, mapas climáticos da Somar Meteorologia mostram que a partir de domingo deve acontecer o avanço de uma frente fria que provoca chuvas fortes e generalizadas. Até meados da próxima semana, a precipitação alcança o Paraná, São Paulo, Sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro.


Mercado interno


Os negócios nas praças de comercialização seguem lentos e com preços firmes. Mesmo com a forte queda em Nova York, o dólar tem sustentado as cotações em algumas praças. “No Brasil, a leitura de curto prazo é firme. O dólar alto e a escassez de oferta, frente ao avanço da entressafra, continuam favorecendo o descolamento das bases internas em relação ao referencial externo”, afirma Gil Carlos Barabach.


O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (SP) com R$ 559,00 a saca e alta de 0,36%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,83% e saca cotada a R$ 537,00.



Da sexta-feira passada para hoje, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Guaxupé (MG) com alta de R$ 9,00 (1,64%), saindo de R$ 550,00 para R$ 559,00 a saca.


O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 559,00 a saca e avanço de 0,36%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,96% e saca a R$ 520,00.



Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Guaxupé (MG) que tinha saca cotada a R$ 550,00, mas subiu R$ 9,00 (1,64%) e agora vale R$ 559,00.


O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi em Franca (SP) com alta de 3,00% e R$ 515,00 a saca.



A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em Patrocínio (MG), por lá a saca estava cotada a R$ 480,00 na sexta passada, mas teve valorização de R$ 10,00 (2,08%), e agora está em R$ 490,00.


Na quinta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 485,61 com alta de 0,73%.


Bolsa de Londres


As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estável nesta sexta-feira, mas ainda permanecem do lado vermelho da tabela. O contrato março/16 registrou US$ 1326,00 por tonelada e queda de US$ 3, o maio/16 teve US$ 1366,00 por tonelada e recuo de US$ 2, enquanto o julho/16 anotou US$ 1395,00 por tonelada e desvalorização de US$ 2.


Na quinta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 374,45 com queda de 2,32%.


Fonte: Notícias Agrícolas

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