As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram um pregão de recuperação nesta terça-feira (22) com avanço de mais de 160 pontos nos principais vencimentos. O mercado trabalhou em alta durante todo o pregão e repercutiu o recuo do dólar ante o real, após a disparada de quase 2% ontem que fez os vencimentos mais próximos ficarem abaixo de US$ 1,18 por libra-peso. No entanto, agências internacionais reforçam que os investidores seguem atentos as condições climáticas no Brasil.
Os lotes com vencimento para dezembro/15 fecharam a sessão de hoje cotados a 118,45 cents/lb com avanço de 65 pontos, o março/16 teve 119,15 cents/lb com 165 pontos de valorização. Já o contrato maio/16 anotou 121,35 cents/lb com alta de 160 pontos e o julho/16 encerrou o dia com 123,40 cents/lb e 155 pontos de valorização.
O dólar comercial encerrou a sessão desta terça-feira cotado a R$ 3,9885 na venda com recuo de 0,85%, corrigindo a forte alta da véspera que foi influenciada pela nomeação de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda e a falta de sinalizações contundentes de rigor fiscal em sua primeira reunião. A moeda estrangeira menos valorizada desencoraja as exportações da commodity.
Vale lembrar que os agentes já se posicionam no mercado para o fim de ano e o volume de negócios registrado é baixo. “Os investidores de uma forma geral estão ajustando suas posições em aberto no mercado e assim, não imprimem ritmo acelerado nas negociações”, explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Sites internacionais reportam que os operadores continuam atentos as condições climáticas nas principais origens produtoras, principalmente o Brasil. Após volumes consideráveis de precipitação nas últimas semanas, mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que as áreas do cinturão produtivo de café do Brasil nesta semana devem receber chuvas em forma de pancadas, característica do verão, que começou hoje.
Mercado interno
Os negócios no mercado físico brasileiro também seguem lentos nesta semana de natal. Os produtores aguardam o próximo ano para voltar a atuar no mercado com mais segurança. “O sentimento é de que 2015 já deu o que tinha para dar”, pondera Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 557,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,83% e saca cotada a R$ 515,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 562,00 a saca – estável. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com desvalorização de 0,99% e saca cotada a R$ 500,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) e Franca (SP) com R$ 500,00 a saca, queda de 1,96% no município mineiro e preço estável no paulista. A maior oscilação no dia ocorreu em Araguari (MG).
Na segunda-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 479,85 com queda de 0,19%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com alta expressiva nesta terça-feira, seguindo Nova York. O contrato janeiro/16 teve US$ 1.496,00 por tonelada com alta de US$ 14, o março/16 registrou US$ 1.533,00 por tonelada e avanço de US$ 25, enquanto o vencimento maio/16 teve US$ 1.557,00 por tonelada com valorização de US$ 23.
Na segunda-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 378,80 com recuo de 0,08%.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas