Café baiano sai pelo porto do Espírito Santo

Café baiano sai pelo porto do Espírito Santo
(12/02/2009 09:27)
Estradas vicinais em péssimas condições e os velhos conhecidos problemas associados à logística como a deficitária infraestrutura dos portos baianos têm gerado perdas milionárias para a Bahia. O cálculo é do presidente do Centro de Comércio de Café, Sílvio Leite, que chama atenção para o problema enfrentado pelo setor produtivo do Oeste. Para se ter uma idéia, segundo Leite, 1,2 milhão de sacas anuais de café de qualidade, o conilon, plantado no Sul da Bahia, tem como destino o porto de Vitória, no Espírito Santo. Salvador apenas exporta 300 mil sacas por ano da produção de café da Bahia, enquanto os outros 2 milhões de sacas seguem parte para consumo baiano e parte para ser escoada em outros estados.


“Calculamos cifras milionárias com os prejuízos que temos nas estradas e com os portos baianos. O café produzido na Bahia nesta região não é exportado pela Bahia e sim pelo Espírito Santo e por São Paulo. As dificuldades relacionadas ao escoamento da produção são nosso maior pesadelo e isso representa perda de divisas para a Bahia uma vez que optando por exportar em outro Estado isso também significa deixar de gerar empregos aqui. Os prejuízos financeiros são incalculáveis e é também sinônimo de perda para a Bahia no final das contas. As péssimas condições nas estradas vicinais representam frete mais caro. Enfim todos saem perdendo”, critica.


O caso é tão sério que empresários do Oeste têm optado por exportar a produção por portos de outros estados representando uma grande evasão de divisas para a Bahia. Os grandes concorrentes para o escoamento do agronegócio baiano são os portos de Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP) e até de Paranaguá (PR). Segundo o presidente da Associação Comercial da Bahia, Eduardo Morais de Castro, quem produz café e algodão tem sentido na pele o problema da logística deficiente do Estado.


“Tenho ouvido reclamações de empresários quanto ao estado das estradas vicinais que estão desassistidas. A situação é caótica tanto com estradas estaduais quanto com as federais. A BR-242, que liga Salvador a Brasília está cheia de problemas, sem esquecer da parte portuária. Há muita expectativa em cima do Porto Sul e da Ferrovia Oeste/Leste, que até agora não saíram do projeto. Todo o café e algodão produzidos naquela região são exportados fora da Bahia. As instalações portuárias de Salvador são deficitárias. A profundidade e o tamanho do cais são empecilhos a navios novos aportarem em Salvador”, reclama. Ele acrescenta a lista da necessidade da ampliação do terminal de contêineres de Salvador.


As informações partem do Jornal Tribuna da Bahia


 

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