Café: avanço da colheita confirma quebra no Brasil e apóia altas em NY

21/07/2014


Mais um dia positivo na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) para o mercado de café arábica. A sessão apresentou bastante volatilidade, mas seguiu em alta, após sexta-feira (18) agitada com preços elevados em 855 pontos.


Os contratos com entrega para setembro anotaram 172,90 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento dezembro encerrou em 40 pontos a mais e registrou 176,65 cents/libra-peso. Março/2015 fechou em 180,10 cents/libra-peso e maio/2015 cresceu 40 pontos, para 182,25 centavos/libra-peso.


No pregão desta segunda-feira (21), as altas foram modestas, mas apoiaram as análises de especialistas, que previam cotações para cima com o avanço da colheita brasileira.


Na Coopinhal – Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal – 80% da colheita já foi realizada e segundo o engenheiro agrônomo Celso Scanavachi “os grãos estão miúdos por conta da forte estiagem do início do ano e nossa quebra deve ser grande em torno de 30 a 35%”.


Segundo Celso, além das perdas devido à seca, muitas lavouras estão sofrendo com a doença da ferrugem – fungo que ataca as folhas do cafezal e pode acabar com plantações inteiras. “A região está com muito índice de ferrugem tardia. Por conta da seca, ela estava encubada, mas como choveu um pouco nestes últimos dias, ela apareceu”, explicou ele.


A estimativa de produção da Coopinhal era de 115 a 125 mil sacas de 60 quilos de café, mas o resultado deve ser em torno de 70 a 80 mil sacas, número equivalente ao da safra passada, porém o engenheiro reitera que a temporada anterior era de baixa, devido à bienalidade da cultura.


 


Fonte: Notícias Agrícolas // Talita Benegra

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