São Paulo, 27 de fevereiro de 2014
O café arábica alcançou nova máxima em 16 meses na
Bolsa de Nova York,
refletindo as preocupações do mercado com as possív
eis perdas de safra no Brasil. O
clima extremamente quente e seco das últimas semana
s em áreas de cultivo vem
interferindo no desenvolvimento dos frutos do café
e levando muitas empresas a revisar
para baixo suas estimativas. A exportadora Terra Fo
rte, por exemplo, reduziu sua
projeção da safra brasileira em 2014 para 47,4 milh
ões de sacas de 60 quilos, de 53,7
milhões de sacas anteriormente. Ontem, o contrato c
om vencimento em maio subiu 0,8%,
a 177,70 centavos de dólar por libra-peso. Os preço
s, no entanto, podem recuar para 150
centavos no curto prazo, com embolso de lucros e pr
evisão de chuvas para o Brasil.
Somente neste ano, o arábica já ganhou quase 60%.
O açúcar bruto fechou praticamente sem variação pel
a segunda sessão consecutiva.
Investidores estão aguardando para ver se as chuvas
previstas para o fim de semana na
principal região produtora do Brasil vão se materia
lizar. A falta de umidade está afetando
o desenvolvimento dos canaviais, reduzindo as taxas
de açúcar recuperável. Na segunda-
feira, a Copersucar cortou em 6% sua estimativa par
a a safra do Brasil, para 570 milhões
de toneladas.
Na Bolsa de Chicago, a soja subiu 0,7% e registrou
a quinta alta consecutiva.
Chuvas excessivas em algumas regiões do Brasil estã
o provocando atrasos na colheita e
facilitando o surgimento de doenças causadas por fu
ngos, segundo analistas.