Clima adverso ainda não é o fator que mais expressa a alta de preços, pensando na próxima safra 2025/26 de arábica
Por Globo Rural
Os lotes de café com prazo para dezembro encerraram a sessão desta terça-feira (10/9) na bolsa de Nova York com uma alta leve de 0,73%, cotados a US$ 2,4720.
Entre os fundamentos que movimentam os agentes de mercado estão as condições climáticas mundiais e problemas de logística.
Porém, analista da Pine Agronegócio, Vicente Zotti, destaca que não foram as queimadas pontuais em cafezais brasileiros que sustentaram ou sustentam as oscilações positivas do grão arábica.
“O clima adverso ainda não é o fator que mais expressa a alta de preços, pensando na próxima safra 2025/26 de arábica, que está em seu início de ciclo. Isso porque é muito cedo para antecipar qualquer tipo de prejuízo ou perda de volume, pois as floradas nem aconteceram 100%.”, afirma.
No caso do Brasil, maior produtor do mundo, é necessário analisar a situação de forma regionalizada.
“Olhando imagens de satélite, São Paulo tem condição muito pior que Minas Gerais. Ao olhar o clima da Alta Mogiana, por exemplo, são praticamente quatro meses sem chuvas e as plantas sentiram. Além do déficit hídrico, você tem as temperaturas acima da média. No caso do Sul de Minas, não há um problema tão grave assim, já que havia muitas lavouras de 2023 já podadas, o clima está menos quente, o déficit hídrico é menor, por exemplo”, citou à reportagem.
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