24/04/2013
Cenário: Angelo Ikeda
Os preços futuros do café arábica registraram ontem na Bolsa de Nova York a maior queda porcentual diária em três meses. O contrato com vencimento em julho caiu 3,9% e fechou a 137,55 centavos de dólar por libra-peso. Investidores que vinham apostando na alta das cotações decidiram vender contratos para embolsar ganhos recentes, em meio à perspectiva de oferta global volumosa.
A safra brasileira de arábica em 2013/14 deve ser recorde para um ciclo de baixa produção, compensando com certa folga a oferta reduzida da América Central, cujos cafezais sofrem com um surto de ferrugem.
O cacau contrariou a tendência dos mercados de soft commodities e avançou 0,74%, fechando a US$ 2.327 por tonelada, pouco abaixo do nível mais alto de 2013. A alta foi motivada por sinais de aumento da demanda e de redução da oferta da África Ocidental – responsável por mais de dois terços do cacau consumido no mundo. O mercado prevê uma oferta reduzida porque a safra intermediária na região, em andamento, costuma ser menor do que a principal, já encerrada. Além disso, o clima seco no início da temporada pode ter comprometido o tamanho e a qualidade das amêndoas.
Na Bolsa de Chicago, a soja cedeu 0,42%, com a expectativa de aumento da produção da oleaginosa nos EUA e de uma safra recorde no Brasil e na Argentina. Já a previsão de melhora das condições climáticas no Meio-Oeste americano, com a possível retomada do plantio, fez com que o milho caísse 1,52%.