Ocorrência de chuvas em regiões produtoras do Brasil estimulou movimento técnico de vendas por parte dos fundos; preços já caíram 4,7% na semana |
Tatiana Freitas |
<%=IMAGEM%> O preço do café apresentou forte queda pelo segundo dia consecutivo na Bolsa de Nova York. Nesta terça-feira, os contratos com vencimento em maio fecharam com retração de 2,03%, cotados a 108,60 centavos de dólar por libra-peso. Na semana, o café já acumula desvalorização de 4,73%. |
Segundo o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado, o pregão foi marcado por um forte movimento de venda por parte dos fundos de investimento. “Nos dois últimos pregões, os preços foram rompendo linhas psicológicas até chegar aos 108 cents nos contratos de maio”, afirmou o analista. De acordo com Barabach, a desvalorização das demais commodities também contribuiu para a forte queda. No campo fundamental, as chuvas registradas nos últimos dias em algumas regiões produtoras contribuíram para a queda dos preços. “A chuva serviu para acomodar um pouco a situação, mas o período de estiagem já provocou perdas em algumas áreas”, afirma Barabach. Segundo estimativa da Fundação Procafé, a falta de chuva já provocou uma quebra de aproximadamente 8% na safra do Sul de Minas Gerais, a principal região produtora do País. Na Zona da Mata, segundo Barabach, a situação seria mais preocupante, com os produtores estimando perdas de 20% a 30%. Como os preços internacionais já estão em um patamar elevado em relação à média histórica, os investidores estariam esperando uma definição maior sobre a safra para voltar a comprar posições. Mas Barabach acredita que, no médio prazo, os problemas climáticos no Brasil devem continuar dando suporte às cotações. |