As incertezas são grandes em relação à safra de 2025 brasileira, por conta do longo período de seca até outubro em 2024 e das altas temperaturas
Porto Alegre, 06 de dezembro de 2024 – O mercado internacional de café teve uma semana de ampla volatilidade. As cotações na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o arábica, que baliza a comercialização, apresentaram correção para baixo depois de atingir os patamares mais altos em 47 anos. Mas, voltaram a subir e apresentam ganhos também nesta sexta-feira (06/12).
A correção técnica foi natural diante de sinais do mercado estar sobrecomprado. Porém, não mudaram os fundamentos, que envolvem as preocupações com a safra brasileira de café de 2025. Assim, depois de ajustes iniciados na sexta-feira (29/11), um forte tombo sobretudo na segunda-feira, dia 02, o mercado voltou a reagir na quarta-feira e a avançar também nesta quinta-feira e agora na sexta-feira (até o fechamento da coluna).
As incertezas são grandes em relação à safra de 2025 brasileira, por conta do longo período de seca até outubro em 2024 e das altas temperaturas. Os relatos são permanentes de que há uma perda grande produtiva para o próximo ano. Esse aspecto fundamental persiste dando suporte às cotações globais.
No Brasil, após ajustes para baixo acompanhando a bolsa entre o final da semana passada e o começo desta, as cotações voltaram a subir em linha com os ganhos de NY e de Londres. Os preços para os arábicas de melhor qualidade voltaram a superar a linha de R$ 2.000,00 a saca sem dificuldades e os produtores aproveitaram, embora com negociações mais pontuais, para vender pelas cotações mais elevadas novamente.
EXPORTAÇÕES OIC
As exportações de café em grão (verde) dos países membros e não-membros da Organização Internacional do Café (OIC) totalizaram 11,13 milhões de sacas de 60 quilos em outubro, primeiro mês da safra mundial 2024/25, contra 9,67 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2023, alta de 15%.
Segundo a OIC, as exportações de café arábica totalizaram 85,67 milhões de sacas nos doze meses até outubro, ante 73,8 milhões no ano anterior. Já os embarques de robusta somaram 53,6 milhões de sacas, contra 49,37 milhões.
Lessandro Carvalho / Agência Safras News
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