As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta manhã de quinta-feira (23) e recuperam praticamente todas as perdas da sessão anterior, a terceira consecutiva no mercado. Os preços externos recuaram nas últimas sessões em ajustes técnicos após atingirem o patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
No entanto, a indicação de chuvas no cinturão produtivo do Brasil, principalmente no Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais, nesta semana acaba dando suporte às cotações, já que poderiam afetar mais uma vez a colheita da safra 2016/17.
Por volta das 09h22, o contrato julho/16 registrava 138,00 cents/lb com 105 pontos positivos, o setembro/16 anotava 141,30 cents/lb com 160 pontos de alta. Já o vencimento dezembro/16 estava cotado a 144,00 cents/lb e o março/17 tinha 146,50 cents/lb, ambos com 165 pontos de valorização.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Bolsa de Nova York fecha no vermelho pela terceira sessão seguida e vencimentos próximos perdem patamar de US$ 1,40/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (22) com queda de pouco mais de 100 pontos após iniciarem o pregão com leve alta. Diante dessa nova queda, a terceira consecutiva, os preços externos, pelo menos nos lotes com vencimento mais próximo, já começam a ficar mais distantes da linha de US$ 1,40 por libra-peso, conquistada na semana passada.
O contrato julho/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 136,95 cents/lb com queda 155 pontos, o setembro/16 teve 139,70 cents/lb com 125 pontos de baixa. Já o vencimento dezembro/16 registrou 142,35 cents/lb com 120 pontos negativos, enquanto o março/17 anotou 144,85 cents/lb com 115 pontos de desvalorização.
Após recuar na segunda e na terça-feira, o mercado parecia esboçar reação no início do pregão desta quarta-feira repercutindo a previsão de chuva nesta semana no cinturão produtivo do Brasil. No entanto, no início da tarde, os preços externos já voltaram a cair. O analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, já havia alertado ontem (21) que tudo indicava que a Bolsa não esboçaria reação no curto prazo e que os ajustes técnicos continuariam.
“No caso do café, a tônica foi a mesma [nesta quarta-feira] e assim, as volatilidades presenciadas foram aquém das expectativas e das potencialidades. Para amanhã, acredito que o mercado deverá continuar a se acomodar ante as recentes volatilidades e desta forma, nada de grandioso está sendo esperado”, afirma.
Nas últimas duas sessões, as cotações do arábica na ICE realizaram ajustes para baixo em processo de realização de lucros. Na semana passada, os preços externos tiveram alta de quase 3% e atingiram a linha de US$ 1,40/lb. As recentes chuvas provocaram perdas para vários cafeicultores, principalmente no Sul de Minas Gerais, onde os grãos entraram em estágio de maturação muito rápido, secaram nos cafezais e caíram.
Para esta semana, a previsão do tempo ainda aponta continuidade do tempo instável no cinturão produtivo, o que acaba limitando quedas mais expressivas no mercado. A chegada de um sistema de baixa pressão na terça-feira pode provocar chuvas em áreas produtoras do Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais devem receber precipitações entre hoje e amanhã, mostram mapas climáticos da Somar Meteorologia. As chuvas neste momento poderiam afetar mais uma vez a colheita da safra 2016/17.
De acordo com o site internacional Agrimoney, as intempéries climáticas nos principais países produtores de café podem fazer com que a oferta mundial do grão encerre a safra 2016/17 nos níveis mais apertados que se tem registro. As informações são do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O Departamento estima que os estoques mundiais devem ter queda pelo segundo ano consecutivo, desta vez de 3,9 milhões de sacas de 60 kg, fechando a temporada com 31,5 milhões de sacas. Os estoques neste nível seriam os mais baixos desde a safra 2011/12. Essa queda deve ser motivada pela decepcionante produção do café robusta no mundo.
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Mercado interno
Diante deste momento climático complicado para a colheita da safra 2016/17 do Brasil, os produtores de café não aparecem nas praças de comercialização e aguardam melhores patamares para voltar ativamente aos negócios. “A tônica da letargia prevalece, ou seja, preços firmes e liquidez curta continuam a dar a tensa moldura da rotina cafeeira no Brasil”, afirma Marcus Magalhães. “No arábica, chuva fora de hora e no conilon, ausência de chuva”, pondera.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 560,00 a saca e alta de 1,82%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,26% e saca a R$ 544,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 563,00 a saca e recuo de 0,88%. A maior variação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 1,02% e saca a R$ 497,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG), Espírito Santo do Pinhal (SP), Franca (SP) e Varginha (MG), ambas com R$ 510,00 a saca e, respectivamente, queda de 0,97%, preço estável, recuo de 0,97% e preço estável. A maior variação dentre as praças verificadas ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 0,98% e saca cotada a R$ 503,00.
Na terça-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 486,28 com alta de 0,90%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou a sessão desta quarta-feira com leve queda, após consecutivas altas expressivas. O contrato julho/16 anotou US$ 1677,00 por tonelada e queda de US$ 6, o setembro/16 teve US$ 1708,00 por tonelada com recuo de US$ 7 e o novembro/16 anotou US$ 1723,00 por tonelada também com desvalorização de US$ 7.
Na segunda-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,71 com queda de 0,81%.
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