Café: Após intensa volatilidade, NY fecha em baixa e estende perdas da sessão anterior nesta 3ª feira

Após registrarem intensa volatilidade, os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda de quase 100 pontos nesta terça-feira (5) e estenderam as perdas da sessão anterior ainda em meio a fatores técnicos. O mercado busca consolidação, ainda com poucos negócios, acompanhando a volatilidade do dólar em relação […]

Após registrarem intensa volatilidade, os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda de quase 100 pontos nesta terça-feira (5) e estenderam as perdas da sessão anterior ainda em meio a fatores técnicos. O mercado busca consolidação, ainda com poucos negócios, acompanhando a volatilidade do dólar em relação ao real e as condições climáticas no Brasil.


Os lotes com vencimento para março/16 encerraram o pregão de hoje cotados a 123,00 cents/lb e o maio/16 anotou 125,10 cents/lb, ambos com recuo de 90 pontos. Já o contrato julho/16 encerrou o dia com 127,10 cents/lb e 285 pontos de queda, enquanto o setembro/16 teve 128,75 cents/lb com recuo de 90 pontos.


Ontem o dólar chegou a subir 2,5% ante o real por aversão ao risco, após a atividade industrial na China mostrar retração pelo 10º mês seguido, reacendendo as preocupações sobre a economia do país asiático. No entanto, a moeda estrangeira fechou cotada a R$ 3,9933 na venda, com queda de 1,01% em movimento de ajuste.


Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado do café acompanhou o cenário macroeconômico nesta terça-feira. “Vale ressaltar que a sensação ou o sentimento reinante entre os operadores é de que 2016 será um ano interessante para o café tanto na Bolsa de Nova York quanto em Londres”.


O clima nos últimos meses tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras para a próxima safra, que é de alta bienalidade para a maioria das regiões, os estoques mundiais estão baixos e o consumo só aumenta. Ainda assim, o cafeicultor deve ficar atento ao clima, pois é preciso a continuidade desse padrão climático nos próximos meses.


Após as chuvas volumosas e abrangentes no cinturão produtivo nos últimos dias, as precipitações diminuem um pouco nesta semana e devem ficar isoladas em áreas do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, aponta a Somar Meteorologia.


De acordo com informações reportadas pelo site Business Recorder, o café arábica foi um dos maiores perdedores no setor de commodities em 2015, com queda de 24%. As chuvas que chegaram nos últimos meses no Brasil foram muito importantes para a cultura e ajudaram a impulsionar o desenvolvimento das lavouras, outro importante fator que contribuiu para a queda foram as fracas moedas nos principais países produtores que acabaram estimulando recordes nas exportações.


Mercado interno


No Brasil, os negócios com café ainda estão lentos e os preços seguem nominais. “As bases de preço estão em viés de alta já que temos retração vendedora, dólar em alta e bolsas sustentadas. Mas no geral, o dia foi mais calmo hoje”, explica Marcus Magalhães.


O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha(MG) com R$ 535,00 a saca e valorização de 0,94%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,66% e saca valendo R$ 502,00.


O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 587,00 a saca e queda de 1,18%. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 3,19% e saca cotada a R$ 517,00.


O tipo cereja descascado também teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 585,00 e queda de 1,18%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 3,47% e R$ 566,00 a saca.


Na segunda-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 496,87 com alta de 0,27%.


Bolsa de Londres


As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em baixa nesta terça-feira, seguindo Nova York. O contrato janeiro/16 teve US$ 1.460,00 por tonelada com queda de US$ 21, o março/16 registrou US$ 1.503,00 por tonelada e recuo de US$ 25, enquanto o vencimento maio/16 teve US$ 1.532,00 por tonelada com desvalorização de US$ 24.


Na segunda-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 386,17 com avanço de 2,04%.


Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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