Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam o pregão desta quinta-feira (24) com alta acima de 200 pontos. A sessão mais uma vez foi marcada por intensa volatilidade com as cotações chegando a operar dos dois lados da tabela e os operadores acompanhando a oscilação cambial.
O vencimento dezembro/15 encerrou o dia cotado a 118,30 cents por libra-peso com 210 pontos de alta, o março/16 registrou 121,50 cents/lb e 205 pontos positivos. O maio/16 foi negociado a 123,65 cents/lb com 200 pontos de avanço, enquanto o julho/16 fechou negociado a 125,45 cents/lb com 190 pontos de valorização.
De acordo com o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, o mercado acompanhou bastante na sessão de hoje a volatilidade cambial. O real menos valorizado ante o dólar dá maior competitividade às exportações da commodity.
“Os operadores estão fazendo ajustes e acompanhando o mercado financeiro. Pela manhã, quando a moeda norte-americana estava em alta, as cotações recuavam. No entanto, após a baixa do dólar, os futuros do arábica voltaram a registrar alta em Nova York”, afirma Carvalhaes.
Nesta quinta-feira, o dólar operou dos dois lados da tabela. Mas no início da tarde passou a cair forte após as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que sugeriu que poderão ser feitos leilões de dólares no mercado à vista.
“Todos os instrumentos à disposição do Banco Central estão no raio de ação caso seja necessário à frente”, disse o presidente do BC.
A moeda estrangeira chegou a R$ 4,24 durante a sessão, renovando a máxima histórica, mas acabou fechando cotada a R$ 3,9914 com baixa de 3,73%.
Ontem, traders informaram que a tendência é baixista no mercado de café diante da constante desvalorização da moeda dos países exportadores de café ante o dólar e a expectativa de melhor produção para a próxima safra devido às boas floradas registradas no cinturão produtivo.
Mercado interno
No Brasil, segundo informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a comercialização dos grãos em estoque segue limitada, com produtores priorizando as entregas de contrato.
Segundo Eduardo Carvalhaes, os cafeicultores estão segurando seus cafés à espera de um melhor patamar. “Há muitos relatos sobre aumento nos custos de produção. Em contrapartida, os preços não sobem na mesma intensidade”, diz.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 555,00 e queda de 0,72%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginhas (MG) com valorização de 3,92% e saca cotada a R$ 530,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 555,00 a saca e desvalorização de 0,72%. A maior variação no dia ocorreu em France (SP) que teve avanço de 2,08%, para R$ 490,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 497,00 a saca e baixa de 0,80%. A maior oscilação ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com valorização de 3,16% e R$ 490,00 a saca.
Na quarta-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou baixa de 2,56% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 464,00.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam em alta nesta quinta-feira. O vencimento novembro/15 está cotado a US$ 1564,00 por tonelada com alta de US$ 24, o janeiro/16 teve US$ 1563,00 por tonelada e valorização de US$ 15 e o contrato março/16 registrou US$ 1578,00 por tonelada e US$ 17 de avanço.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas