11/04/2014
Depois de um final de março de arrefecimento dos negócios e uma certa lateralidade na linha de preços, o café volta a subir no mercado físico interno em abril. A puxada externa balizou a valorização interna. E os ganhos só não foram mais expressivos porque o dólar atrapalhou. Mesmo assim, o mercado físico sustentou bom avanço, voltando a encher de esperança os produtores, comenta o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach.
O arábica de bebida dura no Sul de Minas trocou de mãos na última quarta-feira a R$ 460,00 a saca, pegando carona na alta externa, diz Barabach. Isso corresponde a um avanço de 14% em relação ao preço praticado uma semana atrás.
Os cafés mais finos do Cerrado de Minas também subiram bem, negociados a R$ 470,00, o que corresponde à valorização de R$ 50,00 a saca ou 12% em relação a uma semana atrás. A alta foi menos expressiva, em função da defasagem da bebida boa, que subiu mais para recuperar terreno perdido recentemente, coloca o analista.
Já a bebida rio 7 da Zona da Mata de Minas é negociada a R$ 300,00 a saca, valorização de 13% em relação ao dia 02 de abril. Por fim, o conillon tipo 7 no Espírito Santo que subiu 6% no período, negociado a R$ 260 a saca.
Segundo o analista, percebe-se uma valorização do arábica em relação ao conilon, em linha com o que tem acontecido no mercado internacional. O avanço da colheita de conilon também favorece esse deslocamento positivo a favor do arábica. Entre os arábicas, destaque para melhora das bebidas boas. O café rio também subiu bem, mas em menor proporção que as melhores bebidas, apontou Barabach.
Fonte : Safras & Mercado