O desempenho dos produtores de café em relação à compensação de carbono será continuamente avaliado, assegura Ministério da Agricultura
Por Globo Rural
Cafeicultores que possuam práticas sustentáveis poderão ter uma proteção financeira adicional contra riscos agrícolas, influenciando no pré-custeio da safra. Na prática, haverá um desconto no custo da apólice do seguro rural por meio de uma compensação financeira da venda dos créditos de carbono gerados por aquele produtor.
É o que prevê o acordo de Cooperação Técnica (ATC) do projeto “Cafeicultura Brasileira Sustentável – Sistema de Compensação de Crédito de Carbono na Apólice de Seguro Rural no Brasil”, que foi assinado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Conselho Nacional do Café (CNC) e a multinacional Pró Natura Internacional.
Os descontos ainda não estão definidos. Segundo a nota do Ministério, com a cooperação firmada, “iniciam-se a partir de agora os estudos para definição dos percentuais a serem abatidos sobre a apólice do seguro e o modelo desse benefício, bem como a escolha da cooperativa que irá compor o trabalho”, que miram o mercado de carbono.
“O projeto utiliza créditos de carbono para beneficiar financeiramente os produtores que adotarem práticas sustentáveis”, diz a nota divulgada ontem, apesar de o acordo ter sido assinado na última terça-feira 16 de julho.
Segundo Guilherme Campos, novo secretário de Política Agrícola da pasta que está em suas primeiras assinaturas, o trabalho é “inédito” e contribui para atenuação de efeitos das mudanças climáticas alinhados com o seguro rural.
Segundo o documento, o acordo mira “implantar e desenvolver a viabilidade dos ativos obtidos pelo crédito de carbono, proporcionando a redução de custos para o produtor no pré-custeio da safra”.
A nota diz ainda que o desempenho dos produtores em relação à pegada de carbono será continuamente avaliado.
Segundo o diretor do Departamento de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério, o objetivo do acordo é a redução do custo da apólice do seguro rural por meio da compensação financeira da venda dos créditos de carbono.
“Com isso, o trabalho é feito por meio de uma política de seguro favorável ao produtor rural, em consonância com as boas práticas agronômicas e o enfrentamento às mudanças climáticas”, informou o comunicado.
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