Cerca de 20 exportadores de produtos da cadeia cafeeira, desde o produto industrializado até equipamentos para montagem de cafeterias, embarcam em uma missão para a Coréia do Sul – um dos maiores importadores do mundo, com compras que atingem a marca dos US$200 bilhões anuais. Coordenado pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o grupo vai participar da Feira “Café Show”, nos dias 11 a 13 de novembro, em Seul.
Além de ampliar as exportações brasileiras para a Coréia do Sul, que, de janeiro a agosto, chegaram a US$1,4 bilhão, a mostra servirá para colocar o Brasil entre dois pontos de concorrência no setor do café. “Temos condições de concorrer com um café de qualidade superior ao do Vietnã – maior exportador de grãos verdes para a Coréia -, bem como a Itália, Colômbia e Estados Unidos, que oferecem o produto dotado de alto valor agregado”, afirma o gerente de projetos da Apex, Chen Yuyen.
O técnico explicou que diversos produtos brasileiros chegam à Coréia do Sul através de outros países, que utilizam matéria-prima nacional. A partir da mostra, a idéia e implementar produtos finais com a identidade brasileira. Faz parte da estratégia agregar aos produtos o conceito “well being”, em português, “bem-estar”, que remete a alimentos saudáveis, que contribuem para uma melhor qualidade de vida.
O Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé-SP) pretende levar à feira quatro produtores que já possuem experiência de exportações para o Japão, que consome o equivalente a US$700 mil em café nacional. “A Coréia, que exporta somente US$100 mil, se espelha no Japão como critério de avaliação de qualidade dos produtos”, justifica o coordenador executivo da entidade, Christian Santiago.
Os setores abertos à participação vão desde sucos de frutas, balas, biscoitos, chocolates, pão-de-queijo, vinhos, alimentos orgânicos, cereais, entre outros.