A crescente demanda por embalagens de 250 gramas de café pelas classes C e D, fez com que a Cia. Cacique, que comercializa a marca Pelé, adquirisse uma nova linha de produção para embalar o produto. Agora, a empresa conta com duas linhas de produção para atender o consumo. “Atualmente, com o aumento do emprego informal, os salários passaram a ser pagos por semana ou quinzena, fazendo com que as compras fossem reduzidas a menores volumes”, diz o gerente de Produtos da Cia. Cacique, Marcio Pereira.
Além da ampliação em sua produção, a Cia. Cacique comemora também o crescimento de 16% em seu volume de vendas de café torrado e moído, em 2005. “O nosso faturamento cresceu 22% no mesmo período”, conta Pereira. O volume comercializado no ano passado foi de 18,3 mil toneladas de café contra 15,7 mil toneladas em 2004. A previsão é que a Cia. Cacique chegue a 20 mil toneladas em 2005.
A Cia. Cacique está focada em melhorar suas instalações e diversificar o seu mix de produtos, sempre buscando ampliar a sua participação no mercado. “O café Pelé torrado e moído representa 80% do nosso negócio no País”, conta Pereira. Satisfeita com os resultados positivos de 2005, a Cia. Cacique tem planos bem definidos para 2006. “Vamos continuar inovando com produtos voltados a nichos de mercado, como cafés solúveis em sachês ou cappuccinos em embalagens mais econômicas”, diz o gerente.
A Cia. Cacique está adotando a marca Pelé em todos os seus produtos. “Estamos também fortalecendo a venda de embalagens à vácuo, destinadas a municípios mais distantes”, conta Pereira.
Consumo
O aumento do consumo de café no País é comprovado em números. Em 2005, cada brasileiro consumiu, em média, 4,11 quilos de café moído e torrado, um volume que não era registrado desde 1965, quando o consumo estava em 4,7 quilos per capita. O consumo total de café no mercado interno foi de 15,5 milhões de sacas, 600 mil a mais do que em 2004, segundo informa a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
Confiante na manutenção deste quadro, a Cia. Cacique também investe em vários nichos de mercado. “Cerca de 25% de nossas vendas são para a marca própria de redes de supermercados, como o Carrefour”, afirma o gerente.
A empresa atende a demanda das cafeterias Grão Expresso, que contam com 100 lojas no Brasil. “Outros segmentos em que atuamos é o dos descafeinados, cafés gourmets e special edition, sendo que este último conta com especificações na embalagem também em braile”, explica o gerente. Segundo ele, a Cia. Cacique tem a linha mais completa de cafés do mercado.
Um nicho de mercado que tem merecido atenção da empresa é café de consumo fora do lar. “Os escritórios e os consultórios estão dentro deste nicho”, aponta Pereira.
A Cia Cacique atua em um setor em que há pulverização de marcas. “Na Abic existem 1,5 mil torrefações, sendo que elas contam com 2,5 mil marcas”, diz Pereira. Segundo ele, em muitas regiões, a população local prefere as marcas locais, mas estamos conseguindo ultrapassar barreiras e ganhando espaço no interior do Brasil.
Solúvel
A Cia. Cacique conta com quatro divisões de negócios, a divisão de alimentos, solúvel, embalagens e loja de fábrica. “A nossa fábrica em Londrina [PR] é responsável pelas exportações de café solúvel da empresa”, afirma o gerente de produtos. Ele explica que cerca de 95% de todo o café solúvel produzido no Paraná é exportado.
A Rússia é um grande mercado da Cia. Cacique e vem exportando, cada vez mais, produtos de qualidade superior. “A renda da população russa tem crescido e, por isso, o mercado está se sofisticando”, afirma Pereira.
No Brasil, o café solúvel é consumido predominantemente na Região Sul, para onde são destinados mais de 40% da produção da Cia. Cacique. “O Nordeste é o segundo maior consumidor deste tipo de café, com cerca de 28% do consumo”, diz Pereira. O objetivo da Cia. Cacique é exportar café torrado e moído. “Logo o nosso objetivo será atingido”, afirma ele.