06/02/2013
Cenário: Gabriela Mello
Notícias sobre o clima seco na Costa do Marfim impulsionaram ontem as cotações do cacau para o patamar mais alto em duas semanas na Bolsa de Nova York. Ventos sazonais trouxeram ao país africano, maior produtor mundial da amêndoa, uma massa de ar quente do deserto do Saara. Temendo que isso possa comprometer o rendimento das lavouras, alguns investidores decidiram recomprar posições vendidas anteriormente. Como resultado, o contrato março subiu 2,46% e terminou a US$ 2.246 por tonelada.
Também motivado por questões climáticas, o suco avançou 1,2% e atingiu a máxima em cinco semanas. O commodity recebeu suporte adicional de preocupações com a doença greening na Flórida antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Nos últimos dois levantamentos, o governo baixou em 7,8% a estimativa para produção de laranja no Estado. Na contramão, o açúcar e o café foram pressionados pela perspectiva de um superávit mundial de oferta e caíram 0,91% e 0,21%, respectivamente.
Na Bolsa de Chicago, o milho novamente registrou perdas em razão da fraca demanda por produto americano. A desvalorização do cereal contaminou o trigo, que também é usado como matéria-prima para ração animal.
Após embolso de lucros, a soja se recuperou e fechou em alta de 0,45%. A oleaginosa vem sendo sustentada pela falta de chuvas na Argentina e pelo excesso de umidade em Mato Grosso, mas encontra dificuldade para romper a barreira de US$ 15 por bushel.