A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) divulga nesta sexta-feira (dia 11) à tarde a relação dos 60 lotes classificados na etapa nacional do 7o Concurso de Qualidade Cafés do Brasil – Cup of Excellence. O júri, presidido pelo classificador e degustador Sílvio Leite, conselheiro da entidade, está reunido em Areado, cidade ao Sul de Minas, e encerra na manhã de sexta o processo de avaliação e prova sensorial das 139 amostras que concorrem nesta fase, pré-selecionadas entre as 553 inscritas.
Os lotes aprovados na etapa nacional passam, na próxima semana (14 a 18) pelo crivo final do Júri Internacional, integrado por provadores e profissionais de compra de torrefações e lojas de café da Europa, Ásia e Estados Unidos, que se reunirá em Poços de Caldas (MG), no Centro de Convenções do Palace Hotel. O resultado dos vencedores, assim como o ranking dos que receberão o Gold Award (cafés que recebem nota superior a 90 pontos, em uma escala de zero a 100), será divulgado no dia 18, às 18h00, em cerimônia a ser realizada no Cassino, anexo ao Palace Hotel.
Os cafés vencedores do Concurso participarão do leilão internacional, via internet, Cup of Excelence (CoE), organizado pela ACE – Alliance for Coffee Excelence e que será realizado no dia 10 de janeiro. Disputadíssimo, esse leilão premia os produtores com preços recordes. Em 2004, o leilão bateu dois recordes: o lote campeão, do produtor Joaquim José de Carvalho Dias (Fazenda Recreio, região Mogiana), de 27 sacas, foi adquirido pela empresa japonesa Maruyama Coffee por US$ 1.805,50 a saca, superando o valor alcançado em 2002, de US$ 1.699,00 a saca. O preço médio dos 36 lotes negociados no leilão do ano passado também foi recorde: US$ 673 a saca (em 2004 ficou em US$ 410).
Avaliação sensorial
O sucesso do Concurso de Qualidade Cafés do Brasil – Cup of Excellence (CoE), promovido desde 1999 pela BSCA com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), está na sua metodologia e no seu protocolo de seleção dos lotes de cafés: em um formulário, os provadores anotam as notas, numa escala de 0 a 100, para propriedades como corpo, sabor, doçura e grau de acidez de cada uma das amostras. Obrigatoriamente, na primeira etapa eliminatória, a do Júri Nacional, a nota de corte é de 80 pontos. Já na segunda fase, Internacional, a nota de corte deve ser igual ou superior a 80.
Esta metodologia foi introduzida no Brasil a partir de 1997, através do Projeto Café Gourmet da OIC – Organização Internacional do Café e da OMC – Organização Mundial do Comércio. De acordo com Sílvio Leite, ela é a ideal para se avaliar a faixa de cafés finos. “Por meio dela podemos discernir sabores como achocolatado, amendoado ou caramelado. Além disso, os cafés também são provados com ponto de torra muito específico e em temperaturas diferentes porque, por exemplo, quando fica de morno para frio, algumas reações acontecem naquela xícara, como o grau de doçura. Se ele mantém a doçura, sem amargor ou adstringência, significa que este café não tem grãos verdes ou imaturos. São com essas percepções que trabalhamos”.
Brazil Specialty Coffee Association – www.bsca.com.br
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