O técnico agrícola da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Evaldo Steigenberger, ressalta que a principal praga que ataca o café na região de Alta Floresta, uma das principais produtoras de Mato Grosso, é a broca. ‘As outras não são tão graves e quase não causam prejuízos aos cafeicultores’. A broca do café é um inseto que ataca os frutos do cafeeiro (planta) em diferentes estágios, ou seja, tanto pode atacar enquanto os grãos ainda estão verdes, maduros, secos ou ainda ainda úmidos.
O controle tem sido feito através de medidas culturais, como uma colheita de qualidade, controle químico e alguns produtores têm utilizado o biológico realizado por meio de vespas ou fungos antagônicos aplicados a lavoura. Depois que a larva da broca penetra no caroço do café é inútil tentar controlar o estrago. Dentro do fruto, a broca se alimenta do caroço e realiza seu ciclo, ou seja, coloca os ovos, que se tornarão larvas e insetos adultos. Os grãos de café brocados apresentam-se perfurados total ou parcialmente na parte interna.
Os buracos de entrada da praga geralmente se localizam na região da coroa. Ao se alimentar, o inseto acaba abrindo galerias nos frutos, possibilitando assim a infecção por fungos, que provocam o apodrecimento dos frutos A partir do momento em que a broca entra no fruto, o produto pulverizado não é mais capaz de fazer o controle. O ideal é monitorar a lavoura para descobrir o momento em que a broca sai de um fruto para fazer novas posturas em outro (fase de transição), quando existe condições de fazer um controle eficiente. (EP)