Brasil terá seção do International Women’s Coffee Alliance – IWCA.
A semente foi plantada, o solo é fértil e o insumo adequado – a colheita promete. Durante o 8⁰ Café da Manhã Anual do IWCA – sigla em inglês para International Women’s Coffee Alliance, ocorrida como parte do programa do 22⁰ SCAA, um grupo de mulheres brasileiras se encontrou com uma preocupação comum: criar o “capítulo” (chapter em inglês) da IWCA no Brasil. Afinal, como falar de mulheres do café sem a presença brasileira? Foi dada a partida e a intenção é organizar um grupo com mulheres de diferentes especialidades que apóiem as produtoras brasileiras.
Na mesma ocasião foi firmada a carta de intenções para formar o “chapter” colombiano da IWCA. Agora é a vez do Brasil e as atenções já estão se voltando para o continente africano, berço do café onde a participação feminina no cultivo do produto é particularmente notável.
A coordenação deste primeiro encontro que decidiu criar o “capítulo” brasileiro da IWCA foi de Mery Santos, sócia pioneira da IWCA. Pelo Brasil participaram Carolina Castro Silva, Daniel Friedländer e Roberta Armentano, todos da Nucoffee, Eliane Sobral e Maria Fernanda Mazzuco da JoyBrazilcoffee (Liana Baggio Ometto) e a jornalista e pequena produtora de café das Matas de Minas, Josiane Cotrim Macieira.
O IWCA surgiu da visão de Karen Cebreros e Kimberly Easson, que planejaram uma viagem de 18 mulheres da indústria de cafés especiais à Nicarágua e Costa Rica em 2003 a fim de conectar mulheres que trabalham na indústria do produto na América do Norte com produtoras de café da América Latina. O objetivo era proporcionar um melhor entendimento dos desafios enfrentados pelas mulheres nos países produtores, criando, ao mesmo tempo, uma maior ligação entre as mulheres de todos os segmentos da indústria do café. Hoje IWCA é uma organização sem fins lucrativos oficial com 11 membros na junta diretiva, sete comitês e quatro “chapters” internacionais.