Brasil tem mais de 35 mil fazendas de café com certificação

Por Carine Ferreira | Valor

SÃO PAULO – O número de propriedades de café certificadas saltou de cerca de 400, há dez anos, para mais de 35 mil, de acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês). Pelos cálculos da entidade, cerca de 10% das 350 mil fazendas que produzem café no Brasil têm algum tipo de certificação ou participam de programas de sustentabilidade instituídos por grupos, como o da Fundação Neumann e o programa Nucoffee, da Syngenta.
 
Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da entidade, diz que a certificação da produção cafeeira é um caminho sem volta e está crescendo cada vez mais, principalmente diante da necessidade de se produzir cafés de boa qualidade. Normalmente, os produtores de cafés especiais têm algum tipo de certificação.
 
Vanúsia calcula que cerca de 2.250 propriedades têm certificação UTZ, Rainforest e  Certifica Minas. Aproximadamente 4.500 fazendas participam de programas de sustentabilidade, que não exigem um selo de organização auditora. Seis mil famílias são beneficiadas pelo Fair Trade, 13 mil fazendas são reconhecidas pela  plataforma 4C e quase 16 mil propriedades possuem outro processo de certificação – a Indicação Geográfica, que delimita uma microrregião com clima e fatores característicos e referenciados internacionalmente. No país, são 4 indicações – Cerrado Mineiro, Serra da Mantiqueira, Alta Mogiana (região paulista de Franca) e Norte Pioneiro (no Paraná).
 
De acordo com a diretora-executiva da BSCA, há dez anos não havia nenhum programa de sustentabilidade e a maior parte das certificações não existia.  O Brasil também é o país com maior número de propriedades “chanceladas” na maioria das certificações do segmento. Os preços pagos por produtos certificados são, em média, de 20% a 30% mais altos, mas dependendo da qualidade  o prêmio pode chegar a 100% da cotação produto.
 
(Carine Ferreira | Valor)


 


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Brasil tem mais de 35 mil fazendas de café com certificação

10/07/2012 
  
O número de propriedades de café certificadas saltou de cerca de 400, há dez anos, para mais de 35 mil, de acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês). Pelos cálculos da entidade, cerca de 10% das 350 mil fazendas que produzem café no Brasil têm algum tipo de certificação ou participam de programas de sustentabilidade instituídos por grupos, como o da Fundação Neumann e o programa Nucoffee, da Syngenta.


Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da entidade, diz que a certificação da produção cafeeira é um caminho sem volta e está crescendo cada vez mais, principalmente diante da necessidade de se produzir cafés de boa qualidade. Normalmente, os produtores de cafés especiais têm algum tipo de certificação.


Vanúsia calcula que cerca de 2.250 propriedades têm certificação UTZ, Rainforest e Certifica Minas. Aproximadamente 4.500 fazendas participam de programas de sustentabilidade, que não exigem um selo de organização auditora. Seis mil famílias são beneficiadas pelo Fair Trade, 13 mil fazendas são reconhecidas pela plataforma 4C e quase 16 mil propriedades possuem outro processo de certificação – a Indicação Geográfica, que delimita uma microrregião com clima e fatores característicos e referenciados internacionalmente. No país, são 4 indicações – Cerrado Mineiro, Serra da Mantiqueira, Alta Mogiana (região paulista de Franca) e Norte Pioneiro (no Paraná).


De acordo com a diretora-executiva da BSCA, há dez anos não havia nenhum programa de sustentabilidade e a maior parte das certificações não existia. O Brasil também é o país com maior número de propriedades “chanceladas” na maioria das certificações do segmento. Os preços pagos por produtos certificados são, em média, de 20% a 30% mais altos, mas dependendo da qualidade o prêmio pode chegar a 100% da cotação produto.
 
 

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