Brasil realiza 1º leilão de opções de café em junho
Agronegócios
O governo do Brasil realizará no dia 19 de junho o primeiro leilão de contratos de opção de venda de café, para 1 milhão de sacas de 60 kg, informou o Ministério da Agricultura nesta quarta-feira.
O anúncio foi feito após publicação no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira, da portaria interministerial que regulamenta as regras do leilão. Para a safra 2009/10, o governo prevê a realização de quatro leilões, em um total de 3 milhões de sacas.
“A nossa expectativa é que essa medida também promova mais rentabilidade para o cafeicultor”, afirmou o diretor do Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Agroenergia do Mininstério da Agricultura, Lucas Ferreira, em um comunicado.
O primeiro leilão, com vencimento das opções em novembro, terá um preço de exercício de R$ 303,50 por saca. O valor considera o preço mínimo do governo de R$ 261,69 mais um percentual de 10% referente ao apoio à comercialização e expectativa de mercado, além do chamado custo de carregamento, que inclui despesas com armazenagem e financeiras.
De posse do contrato, o produtor poderá decidir na época do exercício se vende o café para o governo pelo valor especificado (R$ 303,50). Atualmente, esse patamar está bem acima do verificado no mercado local, em torno de R$ 270.
O segundo leilão, para 800 mil sacas, com vencimento das opções em janeiro, terá preço de exercício de R$ 309, uma vez que o custo de carregamento é maior. O leilão com opções vencendo em fevereiro, para 700 mil sacas, terá preço de exercício a R$ 311,70. O último leilão, para 500 mil sacas, com vencimento em março, terá preço de exercício a R$ 314,40.
No caso de todas as opções serem exercidas, o governo poderá gastar cerca de R$ 1 bilhão com o programa. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai divulgar, até a próxima sexta-feira, aviso específico para os dois primeiros leilões, incluindo a regulamentação e a documentação exigida para os adquirentes dos contratos.
Anteriormente, o Ministério da Agricultura havia informado que cada produtor poderia adquirir contratos para vender o equivalente a 400 sacas.