Brasil Governo destina R$ 200 mi para leilões de opções privadas

23 de março de 2007 | Sem comentários Comércio Mercado Interno

O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, aprovou hoje (22) o lançamento de opções privadas para o café da safra 2007/2008. De acordo com o ministério, a previsão é de lançamento de opções para até 6 milhões de sacas do produto, com recursos de R$ 200 milhões obtidos junto Orçamento de Operações Oficiais de Crédito (2OC).
O início dos leilões está programado para o próximo mês de maio, com o exercício em 31 de outubro e 30 de novembro. O preço de exercício e o prêmio máximo de risco deverão ser definidos também no início de maio. O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Linneu da Costa Lima, informou que o lançamento das opções privadas faz parte da política anticíclica adotada pelo governo para a cafeicultura.
Segundo o governo, a política anticíclica é composta por três ações: transparência na formulação da política e na divulgação das informações de estoque; financiamento para a estocagem de café por prazo de até 18 meses, de forma a viabilizar o deslocamento de estoques, em função da bianualidade, de safra grande para safra pequena; e lançamento de opções privadas, como sinalizador de preços futuros para o mercado.
Para Lima, com o lançamento das opções privadas e a oferta de recursos para a estocagem será possível que o setor produtivo efetue uma comercialização uniforme, evitando a freqüente concentração de oferta no período da colheita, o que refletirá em melhoria de renda para toda a cadeia.
O contrato privado de opção dá o direito, mas não a obrigação, do detentor da opção (produtor ou cooperativa) vender o produto para o lançador das opções de venda (comerciantes ou indústrias de beneficiamento). O exercício da opção somente ocorrerá se na data do vencimento o preço de mercado estiver abaixo do preço de exercício do contrato.
Se o preço estiver acima, o detentor da opção não a exerce e vende o produto no mercado, perdendo apenas o prêmio. É o que acredita o Vilmondes Olegário da Silva, diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura. “A intenção é evitar que houvesse alguma barrigada nos preços no início da safra deste ano. Como essa safra será pequena, e a produtividade baixa, acho que dificilmente as opções serão exercidas porque os preços deverão ser acima dos conseguidos no leilão”, disse o diretor.


Fonte: Agência Estado – 22/03/2007 – 16h35

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