Brasil deverá atingir US$ 8,2 bi na venda de defensivos e superar EUA

4 de novembro de 2011 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Folha de São Paulo

04/11/2011 
  
 
 
 
MAURO ZAFALON – mauro.zafalon@uol.com.br

As chuvas atrasaram neste ano e a safra de soja foi menos afetada pela ferrugem, doença fúngica que tem trazido tradicionalmente pesados gastos para os produtores da oleaginosa. A presença menor dessa doença fez o gastos do produtores com fungicidas recuar para R$ 2,1 bilhões até setembro, 3% menos do que em igual período de 2010.


A soja é responsável por cerca de 57% das vendas no segmento de fungicidas. Mesmo com a queda nas compras de fungicidas, os produtores tiveram gastos totais de R$ 8,2 bilhões até setembro, 8% mais do que em igual período anterior. Os dados são do Sindag (que reúne empresas do setor). O bom ritmo das vendas até agora e o maior cuidado que os produtores terão com a safra de verão, que está sendo semeada, deverão fazer com que as vendas de defensivos agrícolas fiquem próximas de US$ 8,2 bilhões neste ano, superando os US$ 7,8 bilhões gastos nos EUA, segundo um analista.


Além do clima tropical, que exige mais defensivos, o Brasil faz duas safras por ano. Para os cálculos de US$ 8,2 bilhões, foi usada a cotação média de dólar de R$ 1,67. Para Ivan Amancio Sampaio, gerente de informação do Sindag, as culturas que estão contribuindo para o aumento nas vendas são as de soja, cana-de-açúcar, algodão, café, milho e pastagens, principalmente no uso de herbicidas e inseticidas. Sampaio destaca que no comparativo de setembro deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior o aumento das vendas foi ainda maior: 13%.


Importância Entre as 70 commodities agrícolas, minerais e de energia acompanhadas pelo Banco Mundial, somente uma tem o Brasil como referência de preço: o minério da Vale.


Principal Nas demais, apesar de o Brasil ser líder em produção e em exportação de várias commodities, a referência de preços fica para países como Argentina, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.


Alívio Condições climáticas favoráveis -com temperatura amena e pouca chuva- e demanda menor tornaram os preços de frutas, verduras e legumes mais baixos para os paulistanos no mês passado, segundo Flávio Godas, economista da Ceagesp.


Legumes A queda média de preços no entreposto foi de 2,6% no mês passado, acumulando 6,3% de recuo em 12 meses. Um dos destaques do mês foi o recuo de 19,3% no valor de negociação dos legumes. As verduras caíram 4,4%.


Para Fipe, preço do etanol supera a inflação no ano
O etanol teve comportamento de preços bem diferente neste ano. Subiu forte nos primeiros meses e só foi cair a partir de maio para os consumidores. Com isso, a evolução acumulada do combustível atingiu 5,6% até outubro, índice superior aos 4,54% da taxa média de inflação. Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e se referem ao município de São Paulo. A pressão do álcool na inflação deve continuar nos próximos meses, principalmente devido à antecipação da entressafra. Mas o ritmo de aceleração dos preços não deve ser acelerado.


COM KARLA DOMINGUES

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