Brasil deve exportar 50 % mais café torrado e moído em 2005

As exportações brasileiras de café torrado e moído devem aumentar 50 por cento este ano, para 15 milhões de dólares, e atingir 20 milhões em 2006, informou a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

17 de novembro de 2005 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: RECIFE (Reuters)
















RECIFE (Reuters) – As exportações brasileiras de café torrado e moído devem aumentar 50 por cento este ano, para 15 milhões de dólares, e atingir 20 milhões em 2006, informou a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).


O Brasil, maior exportador mundial da commodity, ainda embarca principalmente café verde, que é menos valorizado.


“O volume de café torrado ainda é muito pequeno, mas a tendência é que aumente, o que reflete uma campanha de longo prazo para agregar valor às exportações de café”, afirmou na quarta-feira Guivan Bueno, presidente da Abic, na abertura da conferência anual promovida pela associação.


Segundo ele, as vendas estão aumentando devido a investimentos em marketing e qualidade, assim como a incentivos do governo. Ele acrescentou que as exportações são apenas de café arábica processado, e não blends de robusta.


“Procuramos oferecer qualidade. O Brasil oferece uma variedade única de arábicas”, disse.


Novos mercados incluem Arábia Saudita e África do Sul, além dos compradores já tradicionais como Estados Unidos, Europa e Japão, afirmou Almir José da Silva Filho, vice-presidente da Abic, acrescentando que o país faz campanha para redução das tarifas de importação de café processado.


O diretor-executivo da Abic, Nathan Herszowicz, afirmou que o Brasil deve exportar 68 mil sacas de café processado em 2005, frente a 54 mil sacas em 2004.


Com uma participação de 40 por cento no mercado mundial de café, o país deve embarcar cerca de 22 milhões de sacas de café verde em 2005, ante 23,3 milhões em 2004, devido à safra menor e a relutância de produtores em vender.


Herszkowicz notou que a média dos preços brasileiros FOB subiu 27 por cento, para 3,97 dólares por quilo este ano, de 3,13 dólares por quilo em 2004.


“Em 2006 o aumento do volume das exportações será maior do que o aumento no valor”, previu.


(Por Peter Blackburn)

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