Terminal de Cambé (PR) é o ponto de partida da operação: local recebe contêineres por caminhões e produto segue por trem até o Porto de Paranaguá.
Commodity dos clientes atendidos pela empresa é exportado para mais de 60 países e cinco continentes ao redor do mundo.
A Brado Logística projeta fechar 2018 com um crescimento de 19% em suas operações de logística inteligente com produtores de café. A empresa concentra o transporte da commodity em seu terminal de Cambé (PR), onde o produto chega por caminhões e é transferido para a linha férrea com destino ao Porto de Paranaguá, e dali para mais de 60 países ao redor do mundo. Em 2016, a Brado movimentou 474 contêineres; em 2017, foram 674; e para este ano, a estimativa é que mais de 800 unidades sejam embarcadas para cerca de 62 países ao redor do mundo.
A projeção da Brado segue a mesma linha positiva do Cecafé, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. Em 2017, as exportações fecharam em 30,7 milhões de sacas do produto, e a receita cambial com as operações alcançou os US$ 5,2 bilhões. Um desempenho que garantiu à commodity o 5º lugar nos embarques totais do agronegócio brasileiro, com 5,4% de participação. Para 2018, o Cecafé projeta um cenário otimista, sustentado por previsões positivas referente às condições climáticas favoráveis para a safra 2018/2019.
“Por conta dessas boas perspectivas de mercado e da satisfação que nossos clientes nos reportam, estamos realizando fortes prospecções nessa área”, afirma Marcelo Saraiva, diretor comercial e de operações da Brado Logística. “Esperamos movimentar neste ano 19% a mais na operação de café só com os nossos clientes ativos, um percentual que pode subir conforme fecharmos novos contratos”, completa Saraiva.
Uma das características do transporte do café é ocorrer durante todo o ano, sem uma sazonalidade. Mesmo na entressafra, os clientes têm o produto armazenado para exportar. E serviços multimodais como o oferecido pela Brado complementam de maneira estratégica os planos de negócios das empresas do setor cafeeiro.
“O transporte ferroviário traz uma redução significativa nos custos do frete de exportação, o que nos torna mais competitivos no mercado externo. Em 2017, 85,3% do total que exportamos foi movimentado pela ferrovia”, afirma Paulo Henrique Tressoldi, presidente da Fortaleza Agro, empresa do setor atendida pela Brado.
Como funciona a logística
Hoje, a Brado atende as empresas Cia. Iguaçu de Café Solúvel e Fortaleza Agro, ambas com fábricas no Paraná. O serviço oferecido pela operadora logística consiste em levar os contêineres vazios por caminhão até as plantas dos clientes, e depois transportá-los por trem de Cambé (PR) ao Porto de Paranaguá. Em Cambé, o Terminal Brado conta com 34 mil metros quadrados, espaço para 1,3 mil TEUS (ou contêineres de 20 pés), depot (espaço em depósito) para 500 contêineres vazios, além de 11 mil posições para paletes.
Cada atendimento é personalizado de acordo com as necessidades de acondicionamento. O transporte de café requer contêineres no “padrão alimento”: totalmente limpos e sem cheiro para preservar a integridade do produto (em grão ou industrializado).
De Rolândia (PR), o Fortaleza Agro exporta seu café em grãos, que chegam em sua sede em lotes comprados dos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia. No armazém em Rolândia é feita a blendagem, processo de misturas e seleção dos lotes destinados à exportação. Um contêiner de 20 pés é forrado com papel kraft e carregado com big bags de 1.000 quilos cada uma, até completar um peso total de 20 toneladas. Após serem lacrados, os contêineres são transportados por caminhão até o terminal de Cambé, e então seguem por trem até o Porto de Paranaguá. A exportação é feita para a Europa (principalmente a Itália) e Ásia (Japão e Coreia do Sul).
Uma das três maiores exportadoras de café solúvel do País, a Cia. Iguaçu utiliza contêineres de 40 pés da Brado, que são carregados em big bags e caixas que contém o produto já embalado na sede do cliente, em Cornélio Procópio (PR). E o fluxo é o mesmo: de caminhão, a carga vai até o Terminal de Cambé, onde é transferida para o trem com destino a Paranaguá.
“O transporte do café solúvel por ferrovia pela Brado é mais competitivo que outros modais”, diz Carlos Roberto Vengrus, da área de supply chain da Cia. Iguaçu. “E 100% do produto levado pela Brado tem como destino a exportação, que é feita para 62 países de cinco continentes”, finaliza o executivo da Cia. Iguaçu.
A Brado é referência nacional em serviços de logística de contêineres. Possui estrutura própria composta por 16 locomotivas, mais de 3 mil contêineres e 2,4 mil vagões, equipamentos, armazéns e terminais, complementadas por meio de parcerias estratégicas nos principais centros de consumo do país. Com atuação cada vez mais adaptada às necessidades do mercado de importação, exportação e mercado interno, a empresa preza pela excelência na movimentação de contêineres no Brasil, focado na integração multimodal.