Bom bebedor de café, o brasileiro tem hoje uma data importante para comemorar: o Dia Nacional do Café. A data foi introduzida no calendário no ano passado, atendendo a uma proposta da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A escolha do dia 24 de maio deve-se à coincidência com o início do período de colheita do produto em boa parte das regiões cafeeiras do País. Este ano completam-se também os 100 anos da política cafeeira, cujo marco inicial foi o Convênio de Taubaté – um acordo para defender a valorização do café diante das flutuações de preços do mercado. O ‘‘ouro verde’’, responsável pela formação de grandes riquezas, teve seu período de declínio. Mas graças à paixão que desperta nos produtores, consumidores e pesquisadores, o café está retomando seu papel na economia brasileira. Para este sábado a equipe da Folha Rural está preparando um caderno especial comemorativo ao Dia do Café. Para o estimado leitor fica uma sugestão da coluna: que tal uma xícarazinha com um café fumegante e bem cheiroso?
Festejando
– Chamado de ‘ouro verde’, o café atraiu brasileiros de várias partes do País e também investidores estrangeiros para o Norte do Paraná. Que era tratado como o Eldorado. O café foi o símbolo e ‘ouro verde’ o nome dado ao então ultramoderno Cine Ouro Verde, construído no início dos anos 50, por iniciativa do empresário Celso Garcia Cid e ficou conhecido como o mais luxuoso do Brasil. Somente anos depois a cidade de São Paulo teve um cinema melhor. O Ouro Verde era um dos cartões de visita da cidade. Um dos parceiros de Celso Garcia Cid no famoso cinema foi Orlando Pesarini, também cefeicultor.
– Eu sou vidrado em café. Tomo várias xícaras por dia. E à noite também. Pela cidade encontro alguns lugares que fazem um bom cafezinho. Mas a maioria deixa a desejar. Acho que deveria haver cursos para ensinar notadamente as domésticas e as garçonetes dos bares a prepararem o tradicional cafezinho.
– Acho o café de máquina (italianas ou brasileiras) muito forte. Muita gente reclama de dores estomacais. Deveriam fazer uma medida menor de pó. Ou usar um pó de melhor qualidade. Em casa, à noite, quem gosta de café deveria ter aquele bulezinho, italiano ou brasileiro, que em dois minutos mata a vontade dos apreciadores dessa bebida criada por turcos e otomanos.