Esta é a segunda sessão consecutiva de perdas, após serem registrados ganhos nesta semana.
Nesta quarta-feira (16), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leves desvalorizações nos principais vencimentos. Esta é a segunda sessão consecutiva de perdas, após serem registrados ganhos nesta semana. O mercado registrou dia de oscilações nos dois lados da tabela, em busca de direcionamento diante das incertezas econômicas globais, além de repercurtir dólar e chuvas no Brasil.
Com isso, o contrato dezembro/16 encerra o dia valendo 161,55 cents/lb, após registrar recuo de 55 pontos. Já março/17 caiu 90 pontos e cotado a 164,40 cents/lb. O vencimento maio/17 fecha a 166,75 cents/lb, cedendo 95 pontos na sessão, assim como julho/17 que encerra o dia a 168,85 cents/lb.
As cotações encerram o dia praticamente estáveis, após registrarem leve recuperação durante a sessão. Com a instabilidade nos mercados mundias após a vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, o arábica que vinha de um período de intensas altas vêm recuando fortemente, junto com uma alta do dólar no Brasil.
Apesar das últimas quatro sessões de altas, a moeda norte-americana teve seu primeiro dia de queda depois do resultado das eleições nos EUA. Com isso, o dólar cedeu apenas 0,56 % e fechou cotado a R$ 3,4217 na venda. Segundo informações da agência de notícias Reuters, o recuo é atribuido a atuação do Banco Central. Porém, a moeda acumula alta de 8,63% nas sessões anteriores.
Informações reportadas pelo Agrimoney, apontam que o mercado vinha refletindo as preocupações com o abastecimento no próximo ano, diante dos problemas climáticos enfrentados em países produtores. “De fato, as posições sobrecompradas no café têm sido uma boa aposta, com um hally de alta de oito meses – impulsionado pela secura que minou a safra de robusta e levantou algumas preocupações sobre Brasil em relação ao florescimento da safra 2017/18”, aponta o site internacional.
Porém, a forte alta do dólar sobre o real fez com os preços cedessem quase 7% na última semana. Além da movimentação em relação a rolagem dos contratos de vencimento dezembro para o março, que devem ser finalizados até a próxima segunda-feira.
Diante das preocupações com o desenvolvimento da temporada 2017/18, as informações de chuvas volumosas no cinturão brasileiro de café são recebidas positivamente, mesmo que a safra seja de baixa bienalidade e já deva apresentar menor volume. Mapas meteorológicos apontam para chuvas significativas foram registradas no Espírito Santo, Zona da Mata e Vale do Rio Doce nas últimas 24 horas. Além disto, nos próximos 3 dias, uma frente fria deve trazer mais precipitações para áreas de café do Brasil.
Mercado interno
No físico, preços continuam sustentados e mesmo com as quedas no mercado internacional, quase não foram registrados recuos diante da alta do dólar nos últimos dias. Além disto, produtores não demonstram interesse em negociar neste momento, esperando oportunidades ainda melhores, sabendo das dificuldades de abastecimento.
Para o cereja descascado foi registrada alta de 3,17% em Espírito Santo do Pinhal (SP), que levou os negócios para R$ 650,00 pela saca de 60 quilos. Já em Poços de Caldas (MG), houve o recuo de 0,47% e cotação a R$ 613,00 pela saca.
No tipo 4/5, em Guaxupé (MG) foi registrada a alta de 2% e negócios a R$ 663,00 pela saca. Em Poços de Caldas (MG) os preços caíram 0,70% no dia e fecharam a R$ 571,oo pela saca.
No tipo 6 duro, a maior alta foi registrada em Araguari (MG), com 3,35%, com referência de R$ 600 reais pela saca. Em Espírito Santo do Pinhal (SP), as cotações subiram 0,93% e encerram a R$ 560,00 pela saca.
Na segunda-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 563,25 com recuo de 0,01%.
Leia a integra no Notícias Agricolas
Por: Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas