Bolsa de Nova York volta a subir nesta 5ª feira e fica mais próxima do patamar de US$ 1,60/lb

Após subirem mais de 100 pontos durante o dia, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) acabaram fechando a sessão desta quinta-feira (13) com alta de pouco mais de 50 pontos nos principais vencimentos.

13 de outubro de 2016 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Após subirem mais de 100 pontos durante o dia, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) acabaram fechando a sessão desta quinta-feira (13) com alta de pouco mais de 50 pontos nos principais vencimentos. O mercado estendeu os ganhos da véspera, está mais próximo do patamar de US$ 1,60 por libra-peso, e continua repercutindo as dúvidas em relação à safra 2017/18 do Brasil, o câmbio e também realizou recompras ante a queda do início da semana.


Os lotes de arábica com vencimento para dezembro/16 encerraram o dia cotados a 152,70 cents/lb, o março/17 teve 156,15 cents/lb e o maio/17 registrou na sessão 158,25 cents/lb, ambos os vencimentos tiveram alta de 60 pontos. Já o contrato julho/17, mais distante, subiu 65 pontos, com negociação a 160,15 cents/lb.


De acordo com o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, os contratos futuros do arábica na ICE subiram nesta quinta-feira acompanhando aquisições especulativas. Na véspera, o mercado também avançou acompanhando este fator, mas os operadores ainda estão atentos às condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo.


“Os futuros estão mais altos principalmente por compras especulativas depois de uma baixa temporária e ideias de oferta curta”, afirmou em relatório o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, em referência ao fechamento da véspera. “Relatórios de chuvas na semana passada em Minas Gerais e Espirito Santo deram esperança para boa floração este ano, mas as previsões são de condições mais secas neste fim de semana”, salienta.


Scoville também apontou que a demanda por café está aquecida no mundo. No Brasil, torrefadoras estão à procura de grãos de baixa qualidade do arábica para substituir o robusta – que enfrentou quebra na produção em decorrência do clima.


As chuvas acontecem de forma isolada sobre o cinturão produtivo do Brasil nos últimos dias. Segundo mapas climáticos, um sistema de baixa pressão atmosférica ainda deve causar precipitações nos próximos dias sobre o Paraná, Oeste de São Paulo, Baixa Mogiana e parte do Sul de Minas Gerais até amanhã. No entanto, no sábado, o clima quente e seco volta a predominar sobre as origens produtoras, o que poderia trazer prejuízos para a safra 2017/18.


Diante do clima mais instável, a principal florada da safra comercial do país já pode ser vista em cerca de 80% das lavouras, segundo estimativa da Fundação Procafé. Essas plantações, no entanto, podem não ter forças para dar uma boa produção no próximo ano, pois saíram da temporada 2016/17 bastante prejudicadas, e a colheita deve cair de 20% a 30%.


“Praticamente todas as regiões produtoras de café do Brasil já registraram florada. No entanto, elas confirmam que a próxima safra será de 20% a 30% menor que a última. Poucas lavouras estão em perfeitas condições de produção, a maior parte delas deve apresentar exaustão nutricional por conta da alta colheita neste ano”, explica o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, José Braz Matiello. As floradas marcam o início da formação dos frutos para a colheita de 2017.


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