As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram com altas nesta quarta-feira (12).
O mercado devolveu parte das perdas da última sessão, refletindo o cenário de atenção ao clima no cinturão produtivo do Brasil, que é o principal exportador da commodity.
Diante das altas, os lotes com vencimento dezembro/16 encerrou o dia com valorização de 130 pontos e negociado a 152,10 cents/lb. Março/17 fechou cotado a 155,55 cents/lb com ganhos de 135 pontos, assim como maio/17 que encerra valendo 157,65 cents/lb. Já o contrato julho/17 subiu 130 pontos, com negociação a 159,60 cents/lb.
Com isso, os principais vencimentos voltam a se aproximar do patamar de US$ 1,60 por libra-peso, após as perdas da última sessão. O o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, aponta em seu boletim que a valorização do dólar ante o real têm influenciado as cotações em Nova York.
Além disto, o mercado está atento ao cenário climático nas regiões produtoras, com expectativas em relação a florada, que tem impacto na produtividade da Safra 2017/18 de café. “Relatórios de chuvas na semana passada em Minas Gerais e algumas precipitações no Espírito Santo deram esperança para boa floração este ano”, explica.
Por outro lado, mapas meteorológicos apontam que nos próximos dias, as chuvas devem cessar em grande parte do cinturão produtivo, além de atingir temperaturas elevadas. Com isso, as chances para o desenvolvimento das floradas são reduzidas, visto que as chuvas poderiam induzir.
O mercado esperava que a principal ocorrência deveria acontecer na última semana, o que acabou não se confirmando em todas as regiões. Vale ressaltar, que até o momento apenas a Zona da Mata de Minas registrou a principal florada, com produtores animados para o desenvolvimento da safra.
Scoville também aponta que a demanda por café está aquecida no mundo. No Brasil, torrefadoras estão à procura de grãos de baixa qualidade do arábica para substituir o robusta – que enfrentou quebra na produção em decorrência do clima.
No Brasil, o dia foi de feriado de Nossa Senhora da Aparecida, por isso, não houve negociações nas principais praças de comercialização. Na terça-feira, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,2273, no menor patamar de fechamento desde 16 de agosto.
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Por: Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas