Nesta quarta-feira (6), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta, após oscilar dos dois lados da tabela durante o pregão.
Nesta quarta-feira (6), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta, após oscilar dos dois lados da tabela durante o pregão. Nos últimos dias, analistas já adiantavam que o mercado poderia registrar recuperação uma vez que o patamar de US$ 1,20 por libra-peso encontrava sustentação mesmo com três quedas consecutivas nos preços. Além disso, o dólar voltou a cair hoje, após esboçar uma trajetória de valorização nos últimos dias.
Os lotes com vencimento para maio/16 encerraram a sessão cotados a 121,50 cents/lb e o julho/16 anotou 123,65 cents/lb, ambos com avanço de 60 pontos. Já o contrato setembro/16 registrou 125,40 cents/lb e alta de 55 pontos, enquanto o dezembro/16 fechou a sessão a 127,35 cents/lb com valorização de 45 pontos.
As informações sobre o desenvolvimento das principais origens produtoras já não são mais novidades para o mercado, que repercute há algumas semanas indicadores técnicos e, principalmente, o câmbio – que impacta nas exportações –. “Tecnicamente os fechamentos para o café hoje podem ser considerados neutros, mas as bolsas estão excessivamente vendidas e passíveis de correção”, afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
No Brasil, o clima continua beneficiando os cafezais de arábica e há a possibilidade de colheita antecipada. Na Colômbia, as chuvas começaram a voltar no Centro e Sul do país e precisam continuar para não prejudicar a safra-principal. Já no Vietnã, os comentários de perdas ganham cada vez mais força. O país asiático é o maior produtor mundial da variedade robusta.
O cenário político e econômico no Brasil continuam sendo destaque internacional. Nesta quarta-feira, em ajustes e ainda repercutindo as expectativas dos investidores com o desenrolar do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o dólar comercial fechou cotado R$ 3,6453 na venda com queda de 0,97%. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real acaba desencorajando as exportações da commodity pelo Brasil.
No mês passado, por exemplo, os embarques de café em grão totalizaram 2,77 milhões de sacas de 60 kg em 22 dias úteis, com receita de R$ 405,9 milhões. O volume representa uma alta de quase 4% em relação a fevereiro (19 dias úteis). O balanço é da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Mercado interno
Os negócios nas praças de comercialização do Brasil são isolados. Só aparecem com oferta nas praças de comercialização os produtores que precisam fazer caixa. Muitos preferem esperar o início da colheita da nova safra e preços melhores. “O mercado interno do café trabalhou o dia sem liquidez”, ponderou Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 533,00 a saca e alta de 0,95%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,80% com saca a R$ 520,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 544,00 a saca e avanço de 0,93%. A praça registrou maior variação foi Varginha (MG) com queda de 0,98% e saca a R$ 505,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG), Espírito Santo do Pinhal (SP) e Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca, respectivamente, com alta de 2,04%, preços estável e queda de 0,99%. A maior oscilação no dia ocorreu em Araguari (MG) e em Franca (SP), que teve queda de 2,04% e saca cotada a R$ 480,00.
Na terça-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 472,65 com queda de 0,23%.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas