Bolsa de café de N.Y. fechou em baixa de 520 pontos, a US$ 1,9340 por libra peso nos contratos com vencimento em dezembro próximo.

Depois de subirem forte ontem, hoje, os contratos de café na ICE Futures US, trabalharam em baixa acentuada por todo o pregão. Os para dezembro próximo recuaram 520 pontos, e fecharam valendo US$ 1,9340 por libra peso.

29 de setembro de 2021 | Sem comentários Comércio
MERCADO DE CAFÉ
Santos, 29 de setembro de 2021 –quarta-feira
A bolsa de café de N.Y. fechou em baixa de 520 pontos, a US$ 1,9340 por libra peso nos contratos com vencimento em dezembro próximo.
O dólar fechou hoje a R$ 5,4300 (alta de 0,11 %).
Mercado físico de café:
                
Depois de subirem forte ontem, hoje, os contratos de café na ICE Futures US, trabalharam em baixa acentuada por todo o pregão. Os para dezembro próximo recuaram 520 pontos, e fecharam valendo US$ 1,9340 por libra peso. Ontem subiram 495 pontos. Na sexta-feira subiram 375 pontos. No balanço da semana passada subiram 795 pontos. Em nossa opinião foi um movimento puramente especulativo. Depois da forte alta de ontem, os interessados em ganhos rápidos derrubaram hoje forte a ICE, que assim voltou ao patamar do fechamento de anteontem. Usam como motivo a possível chegada do período de chuvas (o que só vai acontecer em bons volumes ao longo de outubro).
Repetimos nos próximos quatro parágrafos tudo que dissemos neste informativo ontem. Esse quadro não vai se alterar com a chegada do período de chuvas.
Cresce a cada dia nos mercados consumidores a conscientização de que o Brasil terminou o ano-safra 2020/2021 em junho último praticamente sem estoques em mãos de cafeicultores e não produziu na safra que acabou de colher café suficiente para abastecer adequadamente, no novo ano-safra iniciado em julho, seus importadores ao redor do mundo.  Essa crescente percepção está levando os contratos de café na ICE a um novo patamar de preços e hoje tivemos uma alta expressiva em NY. 
O clima ainda seco neste final de setembro e início de outubro, com temperaturas altas nas regiões produtoras de café do sudeste brasileiro e chuvas eventuais, irregulares e insuficientes, aumentam diariamente as perdas já consolidadas para a safra brasileira de café do próximo ano. Esse quadro pressiona ainda mais as cotações do café na ICE.
O cenário para a próxima safra brasileira 2022 se agrava a cada dia que passa.
Quando o ciclo de chuvas se regularizar no sudeste brasileiro, poderemos ter um estancamento nas perdas, mas não uma recuperação no volume já perdido para nossa produção de café em 2022 com a longa seca iniciada no segundo semestre de 2020 (e que ainda não terminou) e com as três frentes frias e geadas do último mês de julho. Mesmo assim, continuaremos dependendo de um clima regular até o início dos trabalhos de colheita em maio de 2022. 
O mercado cambial brasileiro, teve mais um dia de muita volatilidade. Fechou em alta de 0,11 %, a R$ 5,4300 no maior patamar de fechamento desde 4 de maio. Ontem o dólar subiu 0,86%; anteontem subiu 0,66%, e na sexta-feira já havia subido 0,64%. 
Em reais por saca, os contratos de café para dezembro próximo na ICE em NY fecharam hoje a R$ 1 389,15. Ontem encerraram o dia a R$ 1 424,93. Na sexta-feira fecharam a semana a R$ 1 373,63.
 
 O mercado físico brasileiro permaneceu firme, comprador, mas sem vendedores. Hoje, com o pregão do café em NY em queda forte, os compradores recuaram o valor de suas ofertas. Os negócios fechados, poucos, foram praticamente nas mesmas bases de preços de ontem. Os cafeicultores continuaram retraídos, vendem sempre o mínimo que podem. Não existem lotes de café arábica abaixo de mil reais por saca. O volume de lotes que chega ao mercado é baixo e preocupante. 
                
Os principais insumos para a produção de café: energia, combustíveis, fertilizantes, tratores e maquinários,  estão subindo com força.
Continua a escassez de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro, o que eleva diariamente os preços pagos pelas indústrias de torrefação brasileiras para os lotes de arábica utilizados na produção do padrão  “tradicional”, o mais consumido no Brasil. As ofertas para o padrão com 600 defeitos estão entre R$ 1 000 e R$ 1020,00. Mesmo assim não é fácil encontrar vendedores no mercado.
O mercado físico do conilon está firme, comprador. Os preços chegam até R$ 815/820. Cresce a porcentagem de conilon nas ligas de consumo interno.
Em nossa opinião a chegada das chuvas não mudará o comportamento dos cafeicultores no mercado de café.
Após uma semana com calor e chuva bastante irregular, a precipitação voltará a intensificar sobre áreas produtoras do Paraná, São Paulo e no sul de Minas Gerais a partir do domingo. Como o sistema meteorológico avançará mais lentamente, aumenta-se a chance de chuva abrangente e elevado acumulado. De acordo com a simulação COSMO-INMET, estimam-se pouco mais de 20mm na região de Caconde-SP, acima dos 30mm em Machado-MG, 45mm em Três Pontas-MG, pouco mais de 20mm em Garça-SP e 35mm em Carlópolis-PR até a segunda-feira da semana que vem. A partir daí, ao longo do mês de outubro, esperam-se precipitações cada vez mais intensas e abrangentes, inclusive no
Cerrado, Zona da Mata e no Espírito Santo (SOMAR Meteorologia).
                                                                                             
                                                                                                                                                                  
  *Selecionamos e colocamos diariamente em nosso site notícias e informações sobre o mercado de café.
 
FECHAMENTO DA BOLSA DE NEW YORK: 29/09/2021
DEZEMBRO/21 193,40 -520
MARÇO/22 196,25 -520
MAIO/22 197,35 -525
JULHO/22 197,90 -530
SETEMBRO 198,20 -535
DEZEMBRO/22 198,55 -545
Saudações,
Escritório Carvalhaes

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