Bolsa de café de N.Y. fechou em alta de 555 pontos, a US$ 2,0810 por libra peso nos contratos com vencimento em dezembro

Os contratos de café na Bolsa de NY abriram em alta, subiram forte rapidamente e trabalharam boa parte do pregão com altas acima dos 700 pontos.

26 de outubro de 2021 | Sem comentários Mercado
MERCADO DE CAFÉ
Santos, 26 de outubro de 2021 – terça-feira
A bolsa de café de N.Y. fechou em alta de 555 pontos, a US$ 2,0810 por libra peso nos contratos com vencimento em dezembro próximo.
O dólar fechou hoje a R$ 5,5730 (alta de 0,32 %).
Mercado físico de café:                                                    
                                                                                                                                                                                                 
Os contratos de café na Bolsa de NY abriram em alta, subiram forte rapidamente e trabalharam boa parte do pregão com altas acima dos 700 pontos. Na máxima do dia, os contratos para dezembro próximo bateram em US$ 2,1030 por libra peso. Fecharam em alta de 555 pontos a US$ 2,0810 por libra peso. Ontem fecharam em alta de 270 pontos a US$ 2,0255 por libra peso. Na sexta-feira fecharam em queda de 345 pontos a US$ 1,9985 por libra peso. No balanço da semana passada recuaram 355 pontos. Todos os demais meses de vencimento fecharam hoje acima de US$ 2,10. 
Em outubro, época de reposição de estoques de café no hemisfério norte, em preparação para os meses de inverno, quando o consumo cresce, eles estão recuando. Quebra forte da safra brasileira de arábica, problemas climáticos em todos os principais países produtores, e sérios problemas logísticos que atingem os portos de todos os países e agora, no Vietnã, maior produtor e exportador de café robusta do mundo, os problemas com contêineres e espaço em navios, que já aconteciam desde março, se agravaram. A crise logística é mundial e não deve terminar tão cedo.
Operadores se preparam para o aumento do consumo no hemisfério norte com a chegada do inverno e também com a abertura da economia. 
Os contratos de café robusta em Londres fecharam hoje novamente em forte alta, trabalharam em alta acima dos 3 %. Ontem subiram 2,52 %. 
No mercado cambial brasileiro o dólar trabalhou em alta hoje. Fechou com ganhos de 0,32 % a R$ 5,5730 e chegou a bater em R$ 5,6030 na máxima do dia. Ontem recuou 1,28 % e fechou valendo R$ 5,5550. Na sexta-feira fechou em queda de 0,65 %, a R$ 5,6282. Na semana passada o dólar comercial acumulou alta de 3,22 %. 
No mercado financeiro, o IBOVESPA fechou hoje em queda de 2,11 % aos 106.419 pontos. Ontem subiu 2,28 % fechando com 108.714 pontos. No acumulado da semana passada, o IBOVESPA recuou 7,28 %, a pior marca desde o início da pandemia em março de 2020. 
Em reais por saca, os contratos de café para dezembro próximo na ICE em NY fecharam hoje a R$ 1 534,11 . Ontem fecharam a R$ 1 487,56. 
No mercado físico brasileiro, os compradores subiram hoje o valor de suas ofertas. O volume de negócios foi pequeno. O produtor de café vende apenas o necessário para fazer “caixa” e cumprir os compromissos mais próximos.
 
 Continuamos com a opinião que os fundamentos não mudaram, continuam os mesmos e não devem se alterar tão cedo. As chuvas que começaram a partir do início de outubro, caem em muito bom volume, são essenciais para evitar uma quebra ainda maior, mas não estancarão instantaneamente o ciclo de perdas, e muito menos recuperarão o que já foi perdido para a safra do próximo ano. Nosso parque cafeeiro está enfraquecido e em condições difíceis.  
O forte recuo nos embarques brasileiros de café em setembro, divulgado pelo Cecafé, é mais uma preocupação para o mercado de café. A “Green Coffee Association” divulgou na sexta-feira, 15, que os estoques americanos de café verde totalizaram 6.022.923 em 30 de setembro de 2021. Caíram 107.561 sacas em relação às 6.130.484 sacas existentes em 31 de agosto de 2021.
O aumento expressivo das exportações de café do Brasil para a Colômbia, segundo maior produtor mundial de café arábica, é mais um forte indicador dos problemas enfrentados por nossos vizinhos, em um momento em que também estão tendo um significativo aumento de seu consumo interno.
Enfrentamos ainda sérios problemas com a falta de contêineres e espaço em navios, além de forte alta nos principais insumos para a produção de café. Energia elétrica, combustíveis, fertilizantes, defensivos, tratores e maquinários, estão subindo com força. Com a chegada das chuvas, os cafeicultores precisam começar a adubação, que já está dois meses atrasada. A subida vertiginosa dos preços de todos os fertilizantes assusta bastante os produtores.
                                                                                                                                                                                                
Em meio a muita oscilação, a crescente percepção do quadro acima vai levando os contratos de café na ICE a um novo patamar de preços.  
                
Continua a escassez de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro. 
O mercado físico brasileiro do conilon está firme, comprador. Com ofertas mais baixas, diminuiu bastante o número de vendedores.
Em nossa opinião a chegada das chuvas não mudará o comportamento dos cafeicultores no mercado de café.
A chuva forte migra da Bahia e Rondônia para os Estados de Minas Gerais e São Paulo. A maior parte da precipitação acontecerá até a quinta-feira com acumulado em torno dos 50mm em Machado-MG e Três Pontas-MG, além da Baixa Mogiana. Entre sexta-feira e o sábado, a chuva ocorrerá de forma dispersa pelo centro e sul do Brasil. A partir do domingo, retornarão as precipitações abrangentes ao país. Até o fim da primeira semana de novembro, os maiores acumulados serão vistos sobre o Espírito Santo, Zona da Mata de Minas Gerais e sul da Bahia (SOMAR Meteorologia). 
                                                                                  
 *Selecionamos e colocamos diariamente em nosso site notícias e informações sobre o mercado de café.
 
                                                                                                                                                                                 
FECHAMENTO DA BOLSA DE NEW YORK: 26/10/2021
DEZEMBRO/21 208,10 +555
MARÇO/22 210,70 +555
MAIO/22 211,40 +550
JULHO/22 211,80 +545
SETEMBRO 211,95 +540
DEZEMBRO/22 212,00 +540
Saudações,
Escritório Carvalhaes

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