Bolsa de café de N.Y. fechou em alta de 125 pontos, a US$ 2,0930 por libra peso nos contratos com vencimento em dezembro próximo.

Santos, 03 de novembro de 2021 – quarta-feira

A bolsa de café de N.Y. fechou em alta de 125 pontos, a US$ 2,0930 por libra peso nos contratos com vencimento em dezembro próximo.

O dólar fechou hoje a R$ 5,5900 (baixa de 1,41%).

Mercado físico de café:                                                    

                                                                                                                                                                                                 

A bolsa de NY trabalhou em alta hoje. Os contratos de café com vencimento em dezembro na ICE em NY fecharam com ganhos de 125 pontos a US$ 2,0930 por libra peso. Ontem, feriado nacional no Brasil, recuaram 65 pontos e na segunda-feira abriram o mês em alta, subiram 475 pontos a US$ 2,0870 por libra peso. No balanço da semana passada esses contratos, para dezembro próximo, subiram 410 pontos. Todos os demais meses de vencimento fecharam hoje acima de US$ 2,12 por libra peso.   

Apesar das fortes oscilações no dia a dia, reflexo dos interesses de curto prazo de operadores e especuladores, os fundamentos do mercado continuam sólidos e vão levando as cotações do café para patamares mais altos. Os problemas e incertezas climáticas são globais e afetam a produção de café nos principais países produtores. A Colômbia, segundo maior produtor de arábica do mundo, diminuiu sua estimativa de produção para 2021/2022, devido ao excesso de chuvas que derrubou a produtividade de seus cafezais. 

Até o momento em que fechamos este informativo, os caminhoneiros autônomos continuavam em greve no Porto de Santos.

               

Também em outubro, época de reposição de estoques de café no hemisfério norte, em preparação para os meses de inverno, quando o consumo cresce, eles estão recuando. Temos ainda a quebra forte da safra brasileira de arábica 2021, já de ciclo baixo, problemas climáticos em todos os principais países produtores, e sérios problemas logísticos que atingem os portos de todos os países produtores e consumidores. Os problemas com contêineres e espaço em navios, que já aconteciam desde março, se agravaram. A crise logística é mundial e não deve terminar tão cedo.

Agora entrou no radar dos operadores a rolagem para março dos contratos com vencimento em dezembro próximo na ICE em NY.

 Hoje o dólar recuou forte frente ao real, em reação a decisões sobre juros nos EUA pelo Federal Reserve, o banco central americano.  O dólar caiu 1,41 % e fechou a R$ 5,5900. Ontem, feriado no Brasil, não tivemos cotações e na segunda-feira a moeda americana subiu 0,43 % fechando a R$ 5,6700.   

Em reais por saca, os contratos de café para dezembro próximo na ICE em NY fecharam hoje valendo R$ 1 547,66. Na segunda-feira feira fecharam a R$ 1 565,31 e na sexta-feira passada fecharam a R$ 1 523,21.  

No mercado físico brasileiro, os compradores mantiveram o valor de suas ofertas em relação ao fechamento da segunda-feira. O volume de negócios foi pequeno. O produtor de café vende apenas o necessário para fazer “caixa” e cumprir os compromissos mais próximos.

 

Continuamos com a opinião que os fundamentos não mudaram, permanecem os mesmos e não devem se alterar tão cedo. As chuvas que começaram a partir do início de outubro, caem em muito bom volume, são essenciais para evitar uma quebra ainda maior, mas não estancarão instantaneamente o ciclo de perdas, e muito menos recuperarão o que já foi perdido para a safra do próximo ano. Nosso parque cafeeiro está enfraquecido e em condições difíceis.  

Continua a escassez de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro. O mercado físico brasileiro do conilon está firme, comprador. Com ofertas mais baixas, diminuiu ainda mais o número de vendedores.

Em nossa opinião a chegada das chuvas não mudará o comportamento dos cafeicultores no mercado de café. Todos os fatores que temos repetido diariamente permanecem sem mudanças. 

Chuva forte sobre o sul da Bahia nos próximos dias. A região de Barra do Choça-BA receberá mais de 100mm até o domingo. No Espírito Santo e em Minas Gerais, a chuva não para completamente, mas enfraquece em relação aos dias anteriores. Em São Paulo e no Paraná, a chuva será mais fraca e a umidade do solo diminuirá até o início da semana que vem. O cenário ajudará na retomada dos tratos culturais na Mogiana, Alta Paulista e norte paranaense. Na segunda semana de novembro, a chuva mais intensa que o normal para época do ano alcançará a Alta Mogiana, todo o Estado de Minas Gerais e o sul da Bahia  (SOMAR Meteorologia).   

                                                                                  

*Selecionamos e colocamos diariamente em nosso site notícias e informações sobre o mercado de café.

 

                                                                                                                                                                                 

DEZEMBRO/21 209,30 +125

MARÇO/22 212,15 +130

MAIO/22 212,55 +120

JULHO/22 212,70 +105

SETEMBRO 212,70 +95

DEZEMBRO/22 212,75 +95

Saudações,

Escritório Carvalhaes