Boletim de Avisos Fitossanitários da região do Triângulo do mês de Julho / 2011.

ARAXÁ: O índice pluviométrico de 0,6 mm ficou abaixo da média histórica do mês que é de 21,0 mm. Pela equação de Thorthwaite & Mather, ao final do mês foi registrado um déficit hídrico de 80,0 mm.

A temperatura média de 18,7ºC foi superior à média histórica de 17,9ºC. A temperatura máxima absoluta foi de 29,1ºC e a mínima de 9,0ºC.

PATROCÍNIO: O índice pluviométrico de 1,6 mm ficou abaixo da média histórica para o mês que é de 8,0 mm. Pela equação de Thorthwaite & Mather, ao final do mês foi registrado um déficit de 72,5 mm.

A temperatura média de 17,4ºC foi inferior à média histórica de 16,9ºC. A temperatura máxima absoluta foi de 30,6ºC e a mínima de 6,0ºC.

ARAGUARI: O índice pluviométrico de 0,4 mm ficou abaixo da média histórica do mês que é de 7,0 mm. Pela equação de Thorthwaite & Mather, ao final do mês foi registrado um déficit hídrico de 62,3 mm.

A temperatura média de 18,9ºC foi semelhante à média histórica de 18,8ºC. A temperatura máxima absoluta foi de 28,6ºC e a mínima de 10,2ºC.

3 – CRESCIMENTO VEGETATIVO (início em setembro de 2010)

ARAXÁ: O crescimento médio de ramos foi de 10,6 nós.

PATROCÍNIO: O crescimento médio de ramos foi de 9,5.

ARAGUARI: O crescimento médio de ramos foi de 9,2.

 

4 – DOENÇAS E PRAGAS Local

Produtividade

FOLHAS/FRUTOS ATACADOS (%)

da Lavoura

Ferrugem

Cercóspora

Bicho Mineiro

Phoma

Broca

Ácaro

Araxá

Carga Alta

29,8

2,3

4,6

0,0

0,0

5,7

Carga Baixa

3,4

3,9

1,3

0,0

0,0

37,6

Patrocínio

Carga Alta

28,0

1,0

27,0

1,5

0,0

0,0

Carga Baixa

17,5

1,0

15,5

1,5

0,0

0,0

Araguari

Carga Alta

54,7

36,7

3,2

3,0

0,0

10,2

Carga Baixa

48,2

16,0

1,0

1,5

0,0

7,2  

Ferrugem: Nas lavouras sem controle amostradas, o índice médio da infecção foi 30,2%, com queda em relação ao mês anterior devido desfolha.

Cercóspora: Infecção média de 10,1%, variando de 1,0% a 36,7%.

Phoma: Infecção média de 1,25%.

Bicho Mineiro: Média de 8,7% de folhas com larvas vivas.

Ácaro Vermelho: Infecção média de 10,1%.

Broca: Amostragem e controle não são mais recomendados.

5 – ALERTA GERAL

– Os índices pluviométricos de julho estão abaixo da média histórica das 3 regiões, com valores próximos de zero. Com isso, as quantidades de água armazenadas ao final deste mês reduziram em relação ao final de julho, com intensificação do déficit em Patrocínio e Araxá, aumentando, respectivamente, para 72,5 e 80,0 mm. Para a região de Araguari, também já se configura déficit de 62,3 mm. Recomenda-se que os cafeicultores irrigantes que ainda não iniciaram as irrigações façam as manutenções periódicas em seus sistemas de irrigação para fornecimento de água às lavouras provavelmente do próximo mês. Para os cafeicultores irrigantes que não estão adotando o déficit hídrico para sincronização de suas floradas, o fornecimento de água via irrigação deve suprir o déficit acumulado até julho, ou seja, 80 mm para Patrocínio, 75 mm para Araxá e 65 mm para Araguari. Para os cafeicultores que adotam o déficit hídrico para sincronização da florada, recomenda-se cautela na manutenção do déficit, visto que o armazenamento de água no solo já está atingindo níveis considerados críticos para a cultura, mesmo levando-se em conta o período fenológico do cafeeiro para esta época.

– Os índices de ferrugem e cercospora nas lavouras sem controle amostradas apresentaram média geral inferior ao mês anterior. Durante o mês de julho verificou-se intensa queda de folhas infectadas, com desfolha mais acentuada naqueles talhões que foram colhidos. Com isso as percentagens de folhas infectadas nas plantas reduziram significativamente. Nesta época a aplicação de fungicidas não é mais recomendada visto que a ferrugem se encontra no final do seu ciclo.

– Os índices médios de ataque do Bicho Mineiro reduziram em relação ao mês anterior na média geral, mas aumentaram na região de Patrocínio. Deve-se efetuar o monitoramento, principalmente em lavouras novas e controle com inseticidas específicos quando os índices de folhas com larvas vivas ultrapassar os 5%.

– Os índices de infecção de phoma reduziram em relação ao mês anteior, mesmo assim deve-se efetuar o monitoramento, principalmente em lavouras esqueletadas, com potencial de safra para 2012 e também naquelas que foram muito danificadas durante a colheita. Se constatado, o controle deve ser efetuado com fungicidas específicos para o patógeno.

Varginha, 8 de agosto de 2011.

Responsáveis

Mapa/Fundação Procafé

CAPAL

ACARPA/FUNDACCER

UNIUBE

 

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