Sensível com a menor safra brasileira menor de café, o mercado reagiu forte ontem ao boato de que pode haver geadas no Brasil e provocou alta nas cotações da commodity na Bolsa de Nova Iorque (Nybot). Os contratos com vencimento em julho fecharam em 113,10 centavos de dólar por libra-peso, 3,1% maior que no dia anterior.
De acordo com Rodrigo Corrêa da Costa, vice-presidente de vendas institucionais da Fimat, o movimento de ontem é continuação do ocorrido no dia anterior e se intensificou com a notícia de que no final da próxima semana o clima será muito frio no Brasil, com risco de geada entre os dias 25 e 26. “Esse boato causou correria no mercado, número recorde de contratos e a subida dos preços”, completa.
A safra de café no Brasil – maior produtor mundial – que se inicia em junho, será marcado pela produção de 36 milhões de sacas de café, 10 milhões a menos que na anterior. Segundo Costa, esse cenário está sensibilizando o movimento do mercado internacional.
Trigo
Enquanto o café foi a commodity ontem que mais subiu, o trigo foi a que teve a maior retração. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o cereal foi cotado 498,25 centavos de dólar por bushel (contrato de setembro), queda de 2,16% em relação à quarta-feira. O bom clima do desenvolvimento da cultura e o início da colheita em algumas regiões produtoras justificaram o movimento de queda, segundo Flávia Moura, vice-presidente de vendas da Fimat.