Biotecnologia provoca impacto no setor químico

Por: Folha de Londrina






Biotecnologia provoca impacto no setor químico






Devanir Parra/divulgação

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O mercado de agroquímicos deve sofrer um impacto – negativo – em torno de 20% dentro de 10 anos. O motivo é bastante simples: a cada ano que passa cresce o uso da biotecnologia, com a produção de plantas geneticamente modificadas (GM). Segundo o presidente da Associação Nacional de Defesa Vegetal, Cristiano Simon, que ministrou palestra ontem sobre o assunto, no IV Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), essa é uma tendência do mercado.

A biotecnologia, conforme Simon, produz plantas em melhores condições, alimentos mais saudáveis e gera benefícios ao meio ambiente, já que a aplicação de produtos químicos é consideravelmente reduzida. ”Todo mundo ganha: o agricultor gasta menos com produtos químicos e pode produzir em mais áreas. E, em consequência, as indústrias de insumos terão um mercado mais amplo”, destacou.

A biotecnologia, de acordo o engenheiro, não tem apenas a finalidade de substituir os agroquímicos, mas também oferecer atributos genéticos às plantas. Além disso, as GM aumentam a competitividade do Brasil no exterior, pois os alimentos são considerados mais saudáveis.

Durante a palestra, o engenheiro apontou que tanto países industrializados, quanto países em desenvolvimento, têm se beneficiado pelo uso das culturas GM, o que se reflete na rápida adoção dessa tecnologia. Em relação aos benefícios ao meio ambiente, Simon destacou que uma pesquisa – mundial – recente demonstrou que as culturas GM reduziram em 172 milhões de quilos as aplicações de pesticidas (redução de 6%), o que levou a uma redução de 14% no impacto ambiental associado aos uso desses produtos químicos. Atualmente no Brasil, segundo ele, o uso de produtos químicos chega a R$ 8 bilhões por ano. O Paraná gasta em torno de 20% desse montante.

Apesar do impacto negativo no mercado de produtos químicos, Simon pontuou que isso será gradual. Além disso, ele não acredita que o processo provocará prejuízos às empresas do segmento, pois essas unidades já estão investindo também em biotecnologia.


Erika Zanon
Reportagem Local

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