Pesquisa foi feita a partir de um estudo feito entre 1972 e 1987 e precisa ser confirmada com novas análises
WASHINGTON – Cientistas finlandeses e suecos descobriram que o consumo regular de café na idade adulta pode ser eficaz no combate à evolução da demência e do mal de Alzheimer na velhice.
Em um relatório divulgado nesta quarta-feira, 14, pela revista Journal of Alzheimer’s Disease, os pesquisadores da Universidade de Kuopio, na Finlândia, e do Instituto Karolinska, na Suécia, indicam que a descoberta pode contribuir nos esforços para frear o impacto desses males.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva que não tem cura e que afeta, principalmente, as pessoas com mais 60 anos.
A pesquisa se desenvolveu com participantes de um estudo feito entre 1972 e 1987. Após uma média de 21 anos, 1.409 dessas pessoas de entre 65 e 79 anos responderam um questionário que identificou 61 casos de demência (48 com Alzheimer).
O estudo foi motivado pelo fato de que se desconhece o efeito a longo prazo da cafeína no sistema nervoso central e a certeza de que os processos patológicos que conduzem ao mal de Alzheimer podem se iniciar décadas antes da manifestação clínica da doença.
O estudo determinou que os que consumiram café na idade adulta corriam um menor risco de sofrer demência ou mal de Alzheimer em comparação com os que não bebiam.
Segundo os cientistas, o menor risco (65%) se registrou entre os bebedores moderados de café – entre três e cinco xícaras ao dia.
No entanto, os pesquisadores disseram que os resultados devem ser confirmados com outros estudos, para assim abrir a possibilidade da elaboração de uma dieta específica para combater essas doenças.