Pelo segundo pregão consecutivo, o Banco Central (BC) marcou presença no mercado de câmbio. Tal postura da autoridade monetária pode ser vista sob dois prismas que acabam se complementando.
Primeiro, como disse o economista da BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, a atuação à vista dá um melhor equilíbrio ao mercado de câmbio, o que favorece a formação de preço.
Até a atuação do BC, faltava um comprador de última instância no mercado, papel que vinha sendo feito pelos bancos que absorviam o fluxo externo e carregavam posição comprada no mercado à vista.
Quando o banco compra moeda à vista, vende dólar futuro como uma forma de zerar sua exposição cambial, conforme recomenda a boa prática de mercado.
Esse aumento de oferta de dólar futuro vinha promovendo uma queda acentuada no cupom cambial (DDI – juro em dólar). Agora, com o BC se propondo a absorver o fluxo físico de moeda estrangeira, essa oferta de dólar futuro deve ficar melhor equacionada, o que também deve retirar pressão de baixa do cupom cambial. (Valor Econômico)