Bayer CropScience encerra 2009 com o melhor faturamento no Brasil

6 de abril de 2010 | Sem comentários Comércio Empresas

Agronegócio | 06/04/2010 | 17h35min

Vendas do ano passado geraram receita de R$ 2 bilhões, 9% acima do recorde do ano anterior
Agência EstadoFabiola Gomes

A Bayer CropScience encerrou 2009 com o melhor faturamento já registrado pela divisão agrícola da multinacional no Brasil. As vendas do ano passado geraram receita de R$ 2 bilhões, 9% acima do recorde do ano anterior.


– O desempenho foi superior ao nosso melhor ano até então, que era 2008. Foi um ano de resultados positivos, apesar do cenário desfavorável do primeiro semestre – afirmou Marc Reichardt, presidente da Bayer CropScience para a América Latina, ao comentar os resultados.


O executivo observou que no primeiro semestre de 2009 o mercado brasileiro sofreu os efeitos da crise econômica, com a queda acentuada nas exportações de commodities agrícolas. Já o segundo semestre foi marcado por um movimento contínuo de recuperação.


O crescimento da subsidiária brasileira também superou o desempenho global da Bayer CropScience, cujo faturamento atingiu 6,5 bilhões de euros, incremento de 2,5% sobre 2008. O cenário global, que teve menor impacto no mercado brasileiro, provocou a retração da divisão agrícola da multinacional.


– A queda do preço de commodities e do valor geral do mercado, especialmente do glifosato, tiveram forte peso para a Bayer – afirmou Reichardt.


A Bayer evitou traçar projeções de crescimento para este ano, mas espera manter expansão acima da média de mercado. A companhia é a segunda maior no ranking de vendas de defensivos agrícolas no Brasil, atrás apenas da multinacional suíça Syngenta. O executivo espera crescimento nas vendas através das operações de troca, nas quais o produtor troca parte de sua produção por insumo. No ano passado, o sistema de troca representou 10% de todas as vendas da divisão agrícola da Bayer, especialmente para as culturas de cana, milho e café.


– Neste cenário de queda dos preços das commodities, os produtores tendem a aceitar melhor as soluções de troca, porque a empresa tem mais condições para fazer operações de hedge e se proteger com as oscilações de mercado – afirma Reichardt.


Contudo, o executivo ressalta que a companhia não tem uma meta de crescimento, porque considera a operação apenas um instrumento.


– É um serviço que oferecemos e não um produto que tem uma meta de venda – explica.


Ainda assim, o executivo observa que o setor vai sofrer com o aumento dos custos neste ano.


– Temos sim uma pressão maior neste ano, com o aumento dos custos da matéria-prima e da logística, cujo repasse deverá ser feito ao longo do ano. Todos que trabalham com produtos químicos estão passando por esta situação – afirma.


Reichardt reconhece, porém, que será difícil repassar os custos mais altos neste ano, por causa da retração dos preços de commodities agrícolas.


No ano passado, a Bayer concluiu a aquisição da norte-americana Athenix, por 250 milhões de euros, com o objetivo de reforçar sua participação no segmento de biotecnologia.


– Nossa meta é atingir a liderança no segmento das sementes transgênicas de segunda e terceira geração, com mais de uma característica. Com isso, teremos a maior coleção de genes BT da indústria – afirma.


O investimento global da companhia em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos é de 750 milhões de euros. Somente com a semente geneticamente modificada do algodão, a empresa vem registrando crescimento médio das vendas anuais em 7% a 8%.



 
AGÊNCIA ESTADO

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