Barracão do IBC está abandonado

26 de março de 2008 | Sem comentários Comércio Mercado Interno
Por: Folha de Londrina


Vinte e cinco portas de entrada para uma Jacarezinho que não existe mais. A
cidade que respirou café hoje assiste o abandono e a depredação do prédio do
antigo Instituto Brasileiro de Café (IBC). O espaço continua lá, enorme, mas
vazio, servindo de abrigo para alguns pneus velhos. A linha de trem ainda passa
ao lado, inspirando apenas a nostalgia dos moradores mais antigos.


Construído no Jardim Panorama, o local perfeito para a instalação de
empresas, como afirmou o vereador Sebastião Ferreira Filho, presidente da Câmara
Municipal. Segundo ele, atualmente, Jacarezinho conta apenas com três grandes
indústrias, além de duas usinas de álcool. ”A vocação do município é agrícola,
focada na produção de cana-de-açúcar e a maioria dos trabalhadores é
bóia-fria.”


Num giro rápido pela área de aproximadamente 55 mil metros quadrados, a
reportagem da FOLHA constatou que as ruas tornaram-se apenas um atalho para os
moradores que precisam cruzar o Jardim Panorama até a Vila Setti, distantes
apenas três quilômetros um do outro.


O antigo escritório e duas casas que abrigavam funcionários, além da
portaria, estão abandonados. Uma das casas foi completamente destruída por
vândalos, que roubaram desde materiais de construção como telhas, tijolos e
janelas, até a fiação elétrica. A residência vizinha já não tem mais portas, nem
os vidros das janelas, e foi tomada pelo mato, que também esconde a carcaça de
um velho ônibus esquecido no terreno. ”Pessoas mal intencionadas estão usando
as casas para se esconder da polícia ou até mesmo consumir drogas”, destacou o
vereador.


Criado em 1952 para definir as diretrizes da política cafeeira, o IBC foi
extinto em 1989. Hoje, a Prefeitura tem a concessão de uso do terreno que,
recentemente, foi cogitado para ser a sede de uma unidade das Centrais de
Abastecimento do Paraná (Ceasa), que poderá ser instalada na região do Norte
Pioneiro.


A Prefeitura informou que já destacou um vigia, que manterá residência fixa
no prédio, para fazer a segurança 24 horas do local. Ainda conforme a assessoria
de imprensa, algumas empresas mostraram interesse em ocupar o espaço, mas como
não há eletricidade no galpão, a idéia foi abandonada. A prefeitura diz que o
prédio está disponível para qualquer empresário que se disponha a trazer luz
para o barracão.(M.G.)


 

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