GASTRONOMIA – Cafezinho renovado Baristas dão curso em Curitiba e ensinam que os cafés podem ser servidos frios, com frutas ou outros ingredientes | |||||
Ela e o também barista Cassiano Rusycki ministraram o curso ”Café, Novas Experiências”, promovido pela Tudo Gastronomia & Design, anteontem, em Curitiba. O objetivo era mostrar como a bebida está ganhando contornos e receitas inovadoras. Um exemplo são os cafés servidos frios, com frutas ou outros ingredientes. ”Muita gente torce o nariz quando falamos em café gelado, mas existem muitos ingredientes que, agregados ao café, ficam ótimos”, explica Beth. Ela lembra que o Brasil é o maior exportador de café, mas apenas na última década uma preocupação maior com o produto está se consolidando, o que garante à qualidade final do tradicional cafezinho. A barista recorda que essa preocupação ganhou ares mais profissionais depois da criação da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em 1991. ”Hoje, a busca pela qualidade se estende além do grão. Desde o plantio, até a secagem dos grãos, todas as fases ganham qualificação”, exemplica Beth. Para se ter uma idéia, enquanto a Associação Brasileira de Indústria de Café (Abic) que controla os cafés comuns (os pacotinhos vendidos no supermercado, de diversas marcas, por exemplo) permite uma margem de 600 defeitos, a BSCA tolera apenas 12. ”Os defeitos tem várias classificações, desde os grãos quebrados até defeitos na planta”, esclarece. Todas essas anomalias agregadas podem alterar o gosto da bebida. Para quem aprecia um bom café, a dica é a qualidade dos grãos. ”O modo de preparar também conta, mas isso depende muito do gosto da pessoa”, ensina Beth. Portanto, não adianta falar que café de coador é melhor ou que café na garrafa térmica é ruim. Cada pessoa deve descobrir as sutilezas do preparo e adequar ao seu próprio gosto. ”Não existem grandes erros, mas algumas recomendações. Quando o grão é bom, por exemplo, o café não vai precisar de açúcar. Também se fala que o período ideal para tomar a bebida é 25 minutos depois de coado, para não perder às propriedades e manter o sabor”, diz a barista. Ela também quebra o mito de que o café coado em casa, com o coador de pano, não é bom. ”O coador de pano é até melhor que o de papel porque o papel retém o óleo aromático que dá sabor ao café”, ensina. Outro mito é sobre café gelado. E para provar que a bebida pode ser servida quente ou fria, Beth e Cassiano criaram receitas exclusivas com café gelado. ”Ao contrário do que muita gente imagina, o café combina com tudo e vai bem em qualquer ocasião”. O que é necessário, conforme ensina a barista, é ter bom senso. ”No preparo dos cafés gelados, por exemplo, é preciso lembrar que o café é o carro chefe e se colocar ingredientes mais fortes, como a banana, por exemplo, o gosto do café vai se perder”, explica. Nesse caso, a tentativa é fundamental. E o mais importante é que as pessoas podem fazer experiências em casa, nem necessidade de equipamento profissional. Energy Coffe Ingredientes 50 ml de xarope de guaraná 100 ml de café gelado 6 pedras de gelo Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva em seguida. Passion Coffe Ingredientes 100 ml de suco concentrado de maracujá 2 colheres de sobremesa de açúcar 100 ml de café gelado Modo de preparo: Misture o suco e o açúcar em uma taça e lentamente misture o café gelado. Coffe Lemon Ingredientes 100 ml de café Suco de um limão 2 colheres de açúcar 6 pedras de gelo Modo de preparo: Bater todos os ingredientes no liqüidificador e servir em seguida. Coffe Shake 50 ml de café 3 bolas de sorvete de creme Calda de chocolate Modo de preparo: Bata o sorvete e o café no liquidificador e coloque em uma taça decorada com calda de chocolate. n Dica: Para gelar o café, deixe esfriar e coloque na geladeira ou assim que preparar o café promova um choque térmico adicionando gelo |