13/11/2013 – 04h00
JANAINA FIDALGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Recentemente, Leo Moço surpreendeu os jurados do Campeonato Brasileiro de Barista ao servir um café fermentado por ele e o cafeicultor Thiago Mota, da Fazenda Jatobá, em Patrocínio (MG). Beneficiaram cinco quilos, só para a competição, usando levedura de cerveja nos tanques.
“Estou morando em Curitiba, onde há uma cena cervejeira incrível. Veio daí a ideia de recorrer às leveduras usadas na bebida”, explica o barista e campeão brasileiro. “A ideia era trazer sabores diferentes. Não queria dizer que era melhor, só mostrar que havia outras possibilidades.”
Quem provou a bebida ficou surpreso com a quantidade de ácido fosfórico no café fermentado por ele e Mota. “É um cara com cabeça aberta, que compartilha o pensamento de que a fermentação pode dar um resultado diferente. O Mota é especialista no desenvolvimento de sementes de café que ele, curiosamente, também fermenta antes de plantar.”
“Se todo ano eu tiver um café com o mesmo sabor, que saco. O barista tem de ser piloto de F1, não de kart. Precisa atuar com o produtor para ter bons resultado na xícara”, diz Moço.