Por Janete Lima, de Brasília/DF
SAFRAS (18) – Na safra 2007/08 O Banco do Brasil deverá, no mínimo, manter os recursos programados para a colheita 2006/07, que totalizaram R$ 33 bilhões (agricultura familiar e comercial juntas). A previsão é do gerente executivo dos Agronegócios da instituição, Ricardo Pissanti. Segundo ele na safra atual o Banco já repassou R$ 28,65 bilhões, com incremento de 12% no período julho de 2006 a maio de 2007. Até o próximo dia 30 de junho quando fecha a colheita, deverão ser emprestados os R$ 4,35 bilhões restantes, que poderão ser até para o
custeio antecipado do novo plantio, principalmente da soja.
O gerente não acredita que o endividamento irá comprometer seriamente a capacidade dos agricultores de receberem novos empréstimos, em função das rolagens e do pagamento que têm sido feito. “A inadimplência está baixa em torno de 2,5 a 3%. Mas já chegou a 6% na renegociação”, revelou ele.
Na avaliação de Pissanti será um ano mais tranquilo pois está havendo uma recoposição gradual na renda dos agricultores, com a reação dos preços agrícolas, do milho, soja, café, álcool, e até do algodão, para os produtores que fizeram negócios antecipados. Mas alertou para o problema da elevação do custo de produção, puxado pela alta dos insumos. “No Mato Grosso existem casos de alta de até 60% nos produtos”, diz ele. “Precisa uma solução rápida entre o
setor privado e os agricultores, do contrário o custeio poderá ficar muito caro”, completou.